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Tarcísio indica que negaria pedido de Bolsonaro para concorrer ao Planalto

Tarcísio defendeu o nome do próprio Bolsonaro, que está inelegível. As declarações foram dadas em entrevista à revista Exame.

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15 de agosto de 2024
Vinicius Palermo
Tarcísio indica que negaria pedido de Bolsonaro para concorrer ao Planalto
O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos)

O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), indicou na quinta-feira, 15, que rejeitaria eventual pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro para concorrer ao Palácio do Planalto em 2026. Ele defendeu o nome do próprio Bolsonaro, que está inelegível. As declarações foram dadas em entrevista à revista Exame.

“Eu tenho muita consideração pelo presidente Bolsonaro, muita mesmo, foi o cara que me trouxe até aqui, abriu portas. E se tornou um grande amigo pessoal. Mas às vezes a gente tem que dizer não para o próprio amigo”, disse Tarcísio depois de ser questionado sobre o que faria com eventual pedido de Bolsonaro para concorrer ao Planalto.

“Eu acho que tem muita gente qualificada na direita, a começar pelo próprio presidente Bolsonaro. Eu continuo acreditando que ele pode ter uma reversão da situação jurídica dele e, tendo, tem que ser ele o candidato, não há dúvida. Porque ele é o dono do capital político. Não sendo, vai ser quem ele indicar. E, obviamente, eu quero continuar fazendo meu trabalho em São Paulo”, declarou o governador.

Tarcísio elogiou também o projeto de renegociação de dívida dos Estados aprovado pelo Senado. Ele também disse que o governo federal, comandado por Luiz Inácio Lula da Silva, seu adversário político, foi parceiro no processo. O governador deu as declarações em entrevista à revista Exame, que ainda está em andamento.

“O grande objetivo nosso foi alcançado na votação de ontem, que é justamente a diminuição dessa taxa de juros. O IPCA+4 que vai passar a ser IPCA+2”, disse ele.

“Tentamos ontem (qurta) fazer o IPCA+1, acabou ficando o IPCA+2, mas é melhor do que o IPCA+4, que é o que a gente tem hoje. Isso vai proporcionar um fôlego financeiro da ordem de R$ 5,8 bilhões por ano para despesas de capital”, afirmou o governador de São Paulo.

Ele também elogiou as contrapartidas do projeto. “Uma parcela desse valor tem que ser, por exemplo, investida na formação, na educação profissionalizante, no ensino técnico, e também na infraestrutura. Isso é interessante, uma parcela de juros eu vou poder converter em investimento”, declarou Tarcísio.

“O governo federal entendeu que precisava aliviar os Estados, e foi parceiro na tramitação desse projeto, isso é importante. Porque o governo federal também percebeu que se os Estados tiverem mais capacidade de investir a economia como um todo crescer”, disse o governador de São Paulo.