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Sites do governo do RS estão fora do ar ou inoperantes

O portal de serviços do estado e os sites de secretarias, como as de Fazenda; de Logística e Transportes; e de Saúde, estão fora do ar.

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07 de maio de 2024
Vinicius Palermo
Sites do governo do RS estão fora do ar ou inoperantes
Enchentes causaram problemas também no meio digital

Sites e serviços online oferecidos pelo governo do Rio Grande do Sul estão fora do ar ou funcionando precariamente, sem atualizações, após a sede do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (Procergs) ter sido inundada, em Porto Alegre.

No portal do governo estadual, a última notícia foi publicada na segunda-feira (6) às 20h43, antes de o sistema de processamento de dados estaduais ter sido desligado para evitar um colapso da rede. Já no site da Defesa Civil estadual, a última postagem foi um alerta, publicado no dia 5 de maio às 20h32.

No início da tarde de terça-feira (7), a Secretaria de Educação chegou a publicar uma notícia, pouco após o meio-dia, informando sobre a ativação de canais para o recebimento de doações via Pix, afim de auxiliar as vítimas das enchentes. A publicação anterior foi no dia 4 de maio, às 11h40.

O portal de serviços do estado e os sites de secretarias, como as de Fazenda; de Logística e Transportes; e de Saúde, estão fora do ar.

O desligamento do sistema já havia sido anunciado pelo próprio centro de tecnologia. “Informamos a todos que, apesar de todos os esforços empreendidos ao longo dos últimos dias, e de todas as diversas ações tomadas no sentido de preservar o Data Center da Procergs e do Estado, nas últimas horas a enchente em Porto Alegre tomou proporções inéditas e a água entrou no prédio da companhia em um volume que a empresa não consegue contornar”, diz a nota.

Segundo o Procergs, o desligamento foi a alternativa encontrada para preservar a infraestrutura instalada e retomar as atividades no “menor intervalo de tempo possível”. A retirada da maioria dos serviços é temporária e ainda não há previsão de retomada dos serviços, informou.

A TIM informou na terça-feira, 7, que, no Rio Grande do Sul, há 20 cidades isoladas, sem serviço de internet da operadora, e outras 100 em que a prestação dos serviços está acontecendo de forma parcial.
As enchentes causaram danos e/ou dificuldade de acesso a torres, antenas para fins de manutenção. Outro ponto que causa problemas para as teles são os cortes de energia (ainda que muitos dos cortes sejam voluntários, como medidas de segurança adotadas pelas distribuidoras).

O presidente da TIM, Alberto Griselli, afirmou que a empresa criou um comitê de crise para lidar com a situação das enchentes A prioridade, segundo ele, é a segurança dos colaboradores.

As equipes técnicas estão no campo para fazer a manutenção da infraestrutura e garantir e continuidade do serviço dentro das possibilidades de acesso e segurança.

Além disso, a TIM está oferecendo bônus de 10 Gb nos pacotes de dados para auxiliar clientes da região a manterem a comunicação contínua com familiares e amigos.

Outro ponto é a oferta de roaming de dados, em conjunto com Claro e Vivo, para que os usuários possam se conectar em todas as redes disponíveis das operadoras caso as redes de alguma delas esteja com problema.

“O impacto financeiro nós vamos ver, mas não é a nossa prioridade no momento”, comentou Griselli ao ser perguntado sobre o tema em coletiva de imprensa, reforçando que o foco é nas iniciativas cidades acima.

Ele comentou apenas que o Rio Grande do Sul representa 3% da base total de consumidores da TIM. “É algo relativamente pequeno, não fizemos as contas ainda (dos impactos financeiros). Depois que a situação se normalizar, vamos focar no tópico.”