O ministro da Casa Civil, Rui Costa, classificou as recentes críticas à interferência do governo na Petrobras como “crises de espuma”. Segundo ele, a companhia segue apresentando bons resultados e os supostos problemas foram criados “artificialmente”.
“Eu não vejo crise alguma”, continuou Costa. “A Petrobras teve o seu segundo maior lucro da história. Eu quero lhe perguntar, que empresa no planeta não queria estar vivendo uma crise dessa?”, questionou.
E destacou: “Que crise maravilhosa, você ter o segundo maior lucro da existência da empresa, o segundo maior pagamento de dividendo da história de empresa.”
As críticas relacionadas à interferência do governo federal na companhia começaram após a decisão da companhia de não distribuir dividendos extraordinários, que partiu do governo, e frustrou os investidores.
Com uma cobrança maior do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para que ministros informem melhor à população os projetos realizados pelo governo, Rui Costa reconheceu que a comunicação “sempre pode e deve melhorar”.
Segundo ele, existem desafios novos relacionados ao tema, devido aos diversos meios de comunicação que surgiram ao longo dos últimos anos com as redes sociais.
A Petrobras informou que recebeu indicações da União Federal (controlador) e de acionistas minoritários para as eleições aos conselhos de Administração e Fiscal, a serem realizadas na Assembleia Geral Ordinária (AGO), prevista para o dia 25 de abril de 2024.
Para o conselho de administração, os indicados da União são o atual presidente da estatal, Jean Paul Prates, além de Pietro Adamo Sampaio Mendes, também sugerido para presidir o colegiado. O órgão tem 11 membros, sendo seis indicados pela União, quatro por acionistas minoritários e um pelos funcionários da empresa.
Como demais membros indicados, a lista inclui os nomes de Benjamin Alves Rabello Filho, Bruno Moretti, Ivanyra Maura de Medeiros Correia, Rafael Ramalho Dubeux, Renato Campos Galuppo e Vitor Eduardo de Almeida Saback.
Os seis nomes indicados pela União para cadeiras no conselho fiscal são Daniel Cabaleiro Saldanha, Gustavo Gonçalves Manfrim, Cristina Bueno Camatta, Sidnei Bispo, Viviane Aparecida da Silva Varga e Otávio Ladeira de Medeiros.
Da indicação dos empregados da Petrobras, Rosangela Buzanelli Torres é candidata para membro do conselho de administração. Já José João Abdalla Filho e Marcelo Gasparino da Silva são as indicações dos minoritários, em caso de voto múltiplo. Em situação de eleições em separado, os nomes sugeridos pelos acionistas minoritários são Francisco Petros Oliveira Lima Papathanasiadis, Aristóteles Nogueira Filho e Jeronimo Antunes.
No caso do conselho fiscal, os indicados dos minoritários são Daniel Alves Ferreira, Aloisio Macário Ferreira de Souza, João Vicente Silva Machado, Paulo Roberto Franceschi e Vanderlei Dominguez da Rosa.
Rui Costa afirmou ainda que apesar da importância do programa Voa Brasil, não se pode criar a “falsa expectativa” de que ele resolverá o custo das passagens aéreas de forma geral no Brasil. Segundo o ministro, está sendo discutido com as companhias soluções para temas como o preço do combustível e o excesso de judicialização para, aí sim, resolver o preço das passagens.
“O programa tem uma finalidade que é estimular o uso para pessoas que nunca usaram aviação ou usam raramente, e de alguma forma para público segmentado, como aposentados. O programa não tem a função de criar a falsa expectativa de que isso é para resolver o problema do custo da passagem no Brasil”, disse Rui Costa, em entrevista à TV Brasil.
A data de lançamento do Voa Brasil não foi divulgada, segundo Rui Costa. O responsável pelo projeto, Silvio Costa Filho, ministro dos Portos e Aeroportos, pretende dar início formal ao projeto “o quanto antes”.