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A Rio Tinto teve lucro líquido de US$ 10,6 bilhões em 2023, 19% menor do que o ganho de US$ 12,39 bilhões apurado em 2022, segundo balanço divulgado na quarta-feira, 21. Por volta das 8h40 (de Brasília), a ação da mineradora anglo-australiana caía 1,2% em Londres.
O lucro subjacente – medida bastante acompanhada que desconsidera alguns itens – caiu 12% no ano passado, a US$ 11,76 bilhões. O resultado, porém, superou levemente a previsão de 18 analistas compilados pela Visible Alpha, de US$ 11,64 bilhões.
Segunda maior mineradora do mundo em valor de mercado, a Rio Tinto disse que seus resultados foram influenciados pela queda nos preços do alumínio e de algumas outras commodities que comercializa, embora isso tenha sido compensado por um ligeiro aumento no preço recebido pelo minério de ferro australiano, que representa a maior parte da receita da empresa.
A Rio Tinto também declarou dividendo final de US$ 2,58 por ação, trazendo o dividendo total do ano a US$ 4,35 por ação, acima da projeção da Visible Alpha, de US$ 4,23. Para 2022, a empresa havia distribuído US$ 4,92 por ação aos investidores.
Antes da divulgação do balanço, no mercado australiano, a ação da Rio Tinto encerrou o pregão de quarta-feira em baixa de 1,75%.
O presidente-executivo da Rio Tinto, Jakob Stausholm, disse a trágica perda de quatro colegas da Diavik e de dois tripulantes de uma companhia aérea em um acidente de avião no mês passado é um lembrete devastador de por que a segurança é e deve sempre ser a principal prioridade.
“Continuamos a trabalhar em estreita colaboração com às autoridades que apoiem os seus esforços para compreender todos os factos do que aconteceu. Esta tragédia fortalece a nossa determinação de nunca sermos complacentes com a segurança, para que possamos continuar a aprender e a melhorar.
Ele afirmou que a empresa vem fazendo progressos à medida que se torna mais forte e confiável. “Ao nos concentrarmos em nossos quatro objetivos, estamos construindo um portfólio adequado para o futuro – incluindo nossa mina subterrânea de cobre Oyu Tolgoi, na Mongólia, e a Projeto de minério de ferro de Simandou, na Guiné. Demos passos significativos no último mês em direção à nossa meta de reduzir pela metade nossas emissões globais de carbono de escopo 1 e 2 nesta década, com acordos para contratar futuras energias eólicas e solares renováveis para nossas operações em Gladstone.”
Em 2023, a empresa aumentou a produção geral de cobre equivalente em mais de 3% e entregou resultados financeiros resilientes, com EBITDA subjacente de US$ 23,9 bilhões, fluxo de caixa livre de US$ 7,7 bilhões e ganhos subjacentes de US$ 11,8 bilhões, após impostos e royalties governamentais de US$ 8,8 bilhões. A solidez do balanço permite continuar a investir com disciplina e, ao mesmo tempo, pagar um dividendo ordinário de 7,1 mil milhões de dólares, um pagamento de 60%.
“Continuaremos a pagar dividendos atrativos e a investir na força a longo prazo do nosso negócio à medida que crescemos nos materiais necessários para um mundo descarbonizado.”
Stausholm afirmou que a empresa continua a implementar o Sistema de Produção Segura em todos os negócios. “Este é um processo plurianual, que já está proporcionando melhorias reais em nossas operações de minério de ferro em Pilbara, realizando um aumento de produção de 5 milhões de toneladas em 2023. Esperamos entregar outro aumento de 5 milhões de toneladas em 2024.”
Ele afirmou também que a transição para baixo carbono continua a estar no centro da estratégia da Rio Tinto, alinhada com o objetivo de alcançar credenciais ESG impecáveis. Em 2023, as emissões de Escopo 1 e 2 foram de 32,6Mt CO2e (32,7Mt4 em 2022), 6% abaixo da linha de base (reexpressa e ajustada) de 2018 de 34,5Mt CO2e4.
