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A mineradora anglo-australiana Rio Tinto informou na quarta-feira, 22, que teve lucro líquido de US$ 12,42 bilhões em 2022, valor 41% menor do que o ganho apurado em 2021, atribuindo o resultado à fraqueza dos preços do minério de ferro e do cobre no ano passado.
O lucro subjacente – que desconsidera alguns itens – caiu para US$ 13,28 bilhões no ano passado, de US$ 21,38 bilhões em 2021, e ficou abaixo da previsão de analistas, de US$ 13,39 bilhões. A Rio Tinto também declarou um dividendo final de US$ 2,25 por ação, trazendo o pagamento total do ano a US$ 4,92 por ação.
Por volta das 7h20 (de Brasília), a ação da Rio Tinto caía 3% na Bolsa de Londres. No mercado australiano, em Sydney, onde o pregão de quarta-feira já se encerrou, o papel da mineradora fechou em modesta baixa de 0,49%.
O presidente-executivo da Rio Tinto, Jakob Stausholm, disse que está construindo uma Rio Tinto mais forte e cumprindo os quatro objetivos. Também está investindo no futuro, dobrando a participação no projeto de cobre e ouro Oyu Tolgoi na Mongólia por meio da aquisição da Turquoise Hill Resources, progredindo no Projeto Rincon Lithium na Argentina e alcançando acordos marcantes que sustentam o sucesso de longo prazo da Pilbara negócios de minério de ferro.
“Continuamos focados em fazer mudanças duradouras para fortalecer nossa cultura de trabalho e construir melhores relacionamentos com povos indígenas, comunidades e outros parceiros. Sempre buscaremos encontrar caminhos melhores, alinhados com nosso propósito. Claramente temos mais a fazer, mas estou animado com o progresso que estamos fazendo.
Apesar das condições desafiadoras do mercado, ele afirmou que a empresa continuará resiliente por causa da qualidade dos ativos, do excelente pessoal e da solidez do balanço patrimonial.
“É por isso que entregamos fortes resultados financeiros com EBITDA subjacente de US$ 26,3 bilhões, fluxo de caixa livre de US$ 9,0 bilhões e ganhos subjacentes de US$ 13,3 bilhões, após impostos e royalties do governo de US$ 8,4 bilhões. Isso nos permite continuar a investir no fortalecimento do negócio e, ao mesmo tempo, pagar um dividendo total de US$ 8,0 bilhões, um pagamento de 60%, de acordo com nossa política.”
Stausholm afirmou que a melhoria do desempenho operacional, o fortalecimento das relações externas e o investimento na solidez do negócio a longo prazo garantem que a empresa será capaz de continuar a pagar dividendos atrativos e investir na sustentação e crescimento do portfólio, ao mesmo tempo que contribuirá para o impulso da sociedade para o lucro líquido zero.
A companhia registrou US$ 16,1 bilhões de caixa líquido gerado pelas atividades operacionais, resultado 36% menor que 2021. Isso incluiu itens de natureza não recorrente que não representavam a força subjacente do desempenho do negócio, que, no agregado, reduziu o fluxo de caixa operacional em cerca de US$ 2 trilhões.
O fluxo de caixa livre foi de US$ 9,0 bilhões, que inclui despesas de capital de US$ 6,8 bilhões, que diminuíram 9% quando houve o comissionamento do programa atual de projetos de substituição de Pilbara, principalmente Gudai-Darri.
O lucro de US$ 12,4 bilhões foi 41% menor em relação a 2021 e refletiu o movimento nos preços das commodities, o impacto dos preços mais altos de energia e matérias-primas nas operações e taxas mais altas de inflação nos custos operacionais e passivos de fechamento.
A alíquota efetiva de imposto sobre o lucro líquido chegou a 30,9% em comparação com 27,7% em 2021, sendo o aumento devido principalmente à baixa contábil de US$ 0,8 bilhão de ativos fiscais diferidos nos EUA.
A dívida líquida somou US$ 4,2 bilhões no final do ano, em comparação com caixa líquido de US$ 1,6 bilhão no início do ano, refletindo principalmente o fluxo de caixa livre de US$ 9,0 bilhões, compensado por US$ 11,7 bilhões em retornos de caixa para acionistas e US$ 3,8 bilhões para as aquisições da Turquoise Hill Resources (TRQ)2 e Rincon Lithium Project.
O dividendo anual chegou a US$ 8,0 bilhões, equivalente a 492 centavos de dólar por ação. Isso representa 60% dos ganhos subjacentes, de acordo com a política de retorno aos acionistas.
