Economia
Sazonalidade

Produção de aço bruto da Gerdau caiu 12,6%

Em relação ao ano de 2022, a produção de aço bruto foi de 12,7 milhões de toneladas, 4,7% inferior em relação a 2021.

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01 de março de 2023
Vinicius Palermo
Produção de aço bruto da Gerdau caiu 12,6%
Em relação ao ano de 2022, a produção de aço bruto foi de 12,7 milhões de toneladas

A produção de aço bruto da Gerdau caiu 12,6% no quarto trimestre de 2022, ante o mesmo período de 2021, para 2,866 milhões de toneladas. O recuo na produção fica em 3,3% quando comparado ao terceiro trimestre de 2022, informa a empresa no seu resultado financeiro.

“O nível de utilização da capacidade de produção em 68% reflete a sazonalidade esperada para o trimestre, principalmente no mercado interno da ON Brasil e ON América do Norte, além das paradas programadas de manutenção em algumas unidades da companhia, típicas desta época do ano”, justifica a Gerdau.

Em relação ao ano de 2022, a produção de aço bruto foi de 12,7 milhões de toneladas, 4,7% inferior em relação a 2021. “Não obstante os arrefecimentos apresentados nas ONs Brasil e América do Norte, as ONs Aços Especiais e América do Sul mostraram crescimentos na produção de aço bruto quando comparadas ao ano 2021”, diz a companhia.

As vendas de aço bruto pela Gerdau no quarto trimestre de 2022 foram de 2,7 milhões de toneladas. Assim, ficaram 8,8% e 15,6% menores na comparação com o terceiro trimestre de 2022 e o quarto trimestre de 2021, respectivamente.

“Apesar do quarto trimestre refletir um período com volumes de vendas historicamente inferiores aos demais trimestres do ano, cabe observar que as eleições no Brasil, somadas à Copa do Mundo, amplificaram a habitual sazonalidade do período na ON Brasil”, afirma.

Em 2022, foram vendidas 11,9 milhões de toneladas de aço pela Gerdau, uma redução de 6,4% quando comparado ao ano anterior. “Contudo observamos a resiliência das vendas nos setores atendidos pela Companhia, principalmente na construção e indústria, com gradual retomada do setor automotivo – favorecido pela normalização do fornecimento dos chips e semicondutores, setor bastante afetado durante a pandemia da covid-19”, afirma.

Com relação ao custo das vendas, a Gerdau informa, que houve alta de 10,7% em 2022 na comparação com 2021, resultado do aumento do custo de energéticos e redutores, entre os quais o carvão (+50%), coque (+47%) e gás natural (+26%), além do aumento de 24% no custo de ligas metálicas, especialmente nas operações da América do Norte e aços especiais.

No quarto trimestre, houve recuos de 8,4% e de 8,1% sobre o trimestre anterior e ante o mesmo período de 2021, respectivamente. A Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, concluiu o exercício de 2022 com a maior receita líquida de sua história, totalizando R$ 82,4 bilhões.

Nos 12 meses do ano passado, o Ebitda ajustado da companhia somou R$ 21,5 bilhões, com margem Ebitda de 26,1%, enquanto o lucro líquido ajustado somou R$ 11,6 bilhões. Por sua vez, as vendas físicas de aço alcançaram 11,9 milhões de toneladas.

Já no quarto trimestre de 2022, a Empresa registrou Ebitda ajustado de R$ 3,6 bilhões, com margem Ebitda ajustada de 20,2%. O lucro líquido ajustado da Gerdau somou R$ 1,3 bilhão entre outubro e dezembro do ano passado, enquanto a receita líquida da Companhia alcançou R$ 18 bilhões, com as vendas físicas de aço totalizando 2,7 milhões de toneladas.

“A Gerdau registrou, em 2022 mais um ano extraordinário, com a melhor receita líquida de sua história e o segundo melhor Ebitda ajustado anual, que totalizou R$ 21,5 bilhões, demonstrando a capacidade da empresa de se transformar e seguir compartilhando valor com seus clientes e demais stakeholders, oferecendo ao mercado produtos e serviços ainda mais inovadores e sustentáveis”, afirma Gustavo Werneck, diretor-presidente (CEO) da Gerdau.

“O sólido resultado financeiro alcançado, em 2022, com um forte Ebitda ajustado registrado no ano, contribuiu para uma geração de fluxo de caixa livre recorde de R$ 10,5 bilhões. Ressalto também os dividendos e as recompras de ações, que representaram recorde no acumulado de 2022, confirmando nosso empenho em gerar cada vez mais valor para os nossos investidores”, diz Rafael Japur, CFO da Gerdau.

Ao longo de 2022, a Gerdau investiu R$ 4,3 bilhões, sendo R$ 2,6 bilhões em manutenção e R$ 1,7 bilhão em projetos de expansão e atualização tecnológica. Do total investido em 2022, R$ 640 milhões contemplam expansão de ativos florestais, atualização e aprimoramento de controles ambientais, incrementos tecnológicos que resultam em eficiência energética e redução de emissões de gases de efeito estufa.

Para 2023, o novo plano de investimentos da companhia está estimado no valor de R$ 5 bilhões, contemplando projetos CAPEX voltados à manutenção, expansão e atualização tecnológica de suas operações.

A Gerdau S.A. e a Metalúrgica Gerdau S.A. pagarão dividendos, a partir dos dias 23 e 24 de março, respectivamente. Na Gerdau S.A., serão pagos R$ 332,7 milhões (R$ 0,20 por ação) e na Metalúrgica Gerdau S.A. serão pagos R$ 103,3 milhões (R$ 0,10 por ação) sobre a posição de ações detidas em 14 de março de 2023. No acumulado de 2022, foram destinados R$ 6,1 bilhões para os acionistas da Gerdau S.A. (R$ 3,63 por ação) e R$ 1,3 bilhão para os acionistas da Metalúrgica Gerdau S.A. (R$ 1,25 por ação), representando um provento total sobre o lucro líquido ajustado do ano de 58,7% e 38,8%, respectivamente.

Até 31 de dezembro de 2022, a Gerdau S.A. e a Metalúrgica Gerdau S.A. recompraram 44.564.000 ações GGBR4 e 48.279.200 ações GOAU4, respectivamente. Com isso, as Companhias executaram até esta data 81% e 70% dos programas de recompras de ações aprovados em 4 de maio de 2022, respectivamente. Somando o montante investido nas recompras de ações ao longo do exercício com o valor a ser distribuído como dividendos sobre os resultados de 2022, as companhias terão distribuído R$ 7,2 bilhões e R$ 1,8 bilhão aos seus acionistas no período, respectivamente, reforçando tanto o seu compromisso em gerar valor para seus acionistas como a confiança na capacidade da Gerdau de gerar caixa e apresentar resultados sólidos ao longo do tempo.

A Gerdau obteve a certificação de sua segunda operação como Empresa B. A Siderperu, operação de produção de aço da companhia no Peru, une-se à Gerdau Summit, sua joint venture voltada ao fornecimento de peças para a geração de energia eólica, e, juntas, se tornam as duas primeiras produtoras de aço no mundo a serem Empresas B.

A nova certificação reflete o compromisso da Gerdau junto ao programa B Movement Builders e sua ambição de certificar todas as suas operações até 2025. Como parte da sua agenda de sustentabilidade, a certificação reconhece que a maior empresa brasileira produtora de aço segue boas práticas de sustentabilidade e que conecta, de forma efetiva, o negócio com o seu propósito de empoderar pessoas que constroem o futuro, deixando um legado na sociedade.