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Mudança climática

Portugal quer fortalecer posição pioneira nas economias verde e azul

Segundo Bernardo Ivo Cruz, praticamente toda a eletricidade consumida em Portugal, uma taxa de 80%, vem de fontes renováveis.

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28 de fevereiro de 2023
Vinicius Palermo
Portugal quer fortalecer posição pioneira nas economias verde e azul
No ano passado, Portugal abrigou a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas promovendo ação climática e a economia azul.

O secretário de Estado da Internacionalização de Portugal, Bernardo Ivo Cruz, afirma que “80% da geração de eletricidade no país vem de fontes renováveis. “Portugal tem sol, tem vento e tem rios”. Foi assim que ele descreveu as características naturais e ideais para futuras parcerias nas economias verde e azul com a nação europeia.

Segundo Bernardo Ivo Cruz, praticamente toda a eletricidade consumida em Portugal, uma taxa de 80%, vem de fontes renováveis, uma aposta que o país já faz há 30 anos, desde que percebeu a urgência de ações para mitigar a mudança climática.

Segundo a mídia de Portugal, o cabo submarino, que também possui cabos de fibra ótica, é o primeiro ligar a Europa à América do Sul e mede 6 mil km. Ele foi implementado pela empresa EllaLink. O objetivo é gerar conectividade a outras empresas de telecomunicações na Europa e nas Américas.

Na semana passada, o secretário de Estado concedeu uma entrevista para encerrar uma semana de trabalhos em Nova Iorque. Bernardo Ivo Cruz explicou que a aposta de seu país nas economias verde e azul já está rendendo dividendos.

“Portugal começou há 30 anos. E hoje em dia, nós já temos cerca de 80% da nossa produção elétrica que vêm de energias renováveis. E, portanto, praticamente tudo que a gente consome em eletricidade vem de energias renováveis. E estamos dando os passos. Estamos investindo em hidrogênio verde, que é hidrogênio gerado a partir de energia renovável, estamos ligando os data centre e trazendo também essa nova economia de informação e dos dados para Portugal. Portugal é dos poucos países do mundo que está ligado por cabos de dados, praticamente, a todos os continentes. A nossa ligação com a América do Sul vai de Sines a Fortaleza. E, portanto, Portugal está muito bem-posicionado nesta nova economia.”

O secretário de Estado também se reuniu com representantes do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, e do Pacto Global, que coordena a participação de empresas do setor privado na cooperação com as Nações Unidas.

“Nós trabalhamos com as grandes empresas, com as corporations, mas estamos também trabalhando com as PMEs, (as pequenas e médias empresas) porque 80% do tecido empresarial português são PMEs. E, portanto, é aí que nós temos que fazer mais um esforço porque as PMEs também têm que acompanhar essas exigências do desenvolvimento sustentável, mas nós percebemos que há mais dificuldade, há mais esforço a fazer.”

O secretário de Estado afirma que Portugal quer trazer, cada vez mais, pequenas e médias empresas para um esforço coletivo que garantirá lucros para o comércio e para a implementação da Agenda 2030 de desenvolvimento sustentável.

Bernardo Ivo Cruz acredita na participação do setor privado e de órgãos internacionais como o Banco Mundial para a realização da parceria.

No ano passado, Portugal abrigou a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas promovendo ação climática e a economia azul.

O secretário de Estado que esteva no hall da Assembleia na hora da votação disse que a decisão do órgão foi um claro sinal de que “o mundo não aceita violações da Carta da ONU, agressões e invasões”.