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Plástico Brasil 2023 bate recorde de negócios e visitação

Cerca de 51 mil profissionais representantes de todos os segmentos da cadeia de transformação do plástico compareceu ao São Paulo Expo, na capital paulista, para conhecer de perto as tecnologias e soluções das mais de 800 marcas do Brasil e de mais 16 países presentes no evento.

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03 de abril de 2023
<strong>Plástico Brasil 2023 bate recorde de negócios e visitação</strong>
Foto: Divulgação

Os números da 3ª edição da Plástico Brasil, encerrada na sexta-feira, 31, falam por si. A visitação, com cerca de 51 mil profissionais representantes de todos os segmentos da cadeia de transformação do plástico, compareceu ao São Paulo Expo, na capital paulista, para conhecer de perto as tecnologias e soluções das mais de 800 marcas do Brasil e de mais 16 países presentes no evento.

A Plástico Brasil é uma iniciativa da ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e da ABIQUIM (Associação Brasileira da Indústria Química).

Na visão do presidente executivo da ABIMAQ, José Velloso Dias Cardoso, a Plástico Brasil foi um sucesso de público, de visitação, e de mostra tecnológica. “O público foi muito maior do que imaginávamos.

O evento também teve uma excelente performance de vendas, com muitos negócios feitos aqui na feira. A quantidade de visitantes do exterior e as vendas internacionais também tiveram um desempenho acima do esperado. Tivemos muitos visitantes da Argentina, do Peru, da Colômbia, do México, enfim, uma demanda que vai gerar muitas exportações”, avaliou. 

Na avaliação do presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, Gino Paulucci Junior, o evento serviu como ferramenta da indústria para consolidar o material como estratégico para todos os segmentos econômicos.

“O plástico não faz parte do problema, plástico é a solução!”, afirma e explica: “no decorrer dos anos, a cadeia produtiva do plástico vem se aprimorando tecnologicamente para tornar a cada dia esse produto mais eficiente, mais leve e com propriedades mais específicas para atender às demandas globais de eficiência e sustentabilidade”. 

Segundo Paulucci, é com os avanços da indústria, com pesquisa e desenvolvimento, que hoje é possível ter embalagens de menor espessura e que conservam os alimentos por mais tempo e que se consegue produzir plásticos mais resistentes com menor uso de energia e consumo reduzido de água, por exemplo.

“Toda essa inovação é o que as 800 marcas que trouxemos para a Plástico Brasil 2023 mostraram ao mercado. E surpreenderam os visitantes com o alto nível tecnológico agregado. O resultado foi o grande volume de negócios efetivados neste evento”, concluiu Gino Paulucci Junior. 

Para o presidente executivo da ABIQUIM, André Passos Cordeiro, mais do que uma catalisadora de negócios, já que reúne grandes players das indústrias de transformação do plástico, além de outros segmentos como construção, alimentos e bebidas, automóveis, a Feira Plástico Brasil é um palco de inovações, tendências, troca de experiências e soluções.

“Um ambiente rico e agregador, alinhado a um momento de grandes oportunidades para o mercado de resinas termoplásticas e para a indústria nacional. O Brasil tem um potencial, sobretudo, para ser uma das indústrias mais pujantes no cenário global, dado as vantagens comparativas, que podem ser transformadas em vantagens competitivas. Significativas reservas de gás natural, grandes fontes de energia e matérias-primas renováveis são exemplos evidentes dessas vantagens.”

“A Plástico Brasil fechou a edição 2023 com chave de ouro. Tivemos aqui um grupo de empresas realmente comprometidas em dar destaque à diversidade do plástico como insumo e como produto final. Foram demonstrados na prática, no pavilhão, ciclos industriais completos que evidenciaram o comprometimento da indústria com a economia circular e com a reciclabilidade”, avaliou a show director da Plástico Brasil, Liliane Bortoluci. Ela acrescenta que o evento coincidiu com um momento de grande efervescência do mercado.

O resultado dessa aproximação entre oferta de inovação e tecnologia e a demanda latente do setor foi um intenso volume de vendas. Mais de 80% dos expositores negociaram equipamentos. 

A próxima edição do evento é de 24 a 28 de março de 2025 e já teve a área de exposição ampliada. “O evento, em 2025, ocupará cinco pavilhões, um a mais que os quatro ocupados este ano. A procura por estandes começou ainda durante o evento.

O mercado brasileiro vem se consolidando como um polo gerador de negócios da cadeia de transformação do plástico. Em 2025 ampliaremos também a presença de empresas de outros países, com novos pavilhões internacionais, além de Áustria, China, Índia, Itália”.

A Mitutoyo, empresa do segmento de tecnologias metrológicas, fez sua estreia na Plástico Brasil 2023. “É a nossa primeira vez em uma feira voltada ao setor de plásticos e, o que era para ter sido apenas uma apresentação institucional, acabou por nos surpreender: vendemos 70% dos produtos que apresentamos no estande!”, conta Kaká Sousa, gerente de Marketing da companhia. Segundo ela, o destaque da feira foi a solução para medição de alta exatidão de tampinhas (volume, espessura). 

Mais uma expositora que já confirmou presença para a edição de 2025 da Plástico Brasil é a Unic Brasil / LK Injetoras. O gerente da empresa, Mauro Evaristo, afirmou que vendeu todas as máquinas injetoras que trouxeram para a feira. “No total, foram vendidos em torno de 30 equipamentos, com valor médio de US$ 80 mil cada. A feira foi um sucesso total, e em 2025 estaremos aqui com certeza em um estande maior”, disse o gerente. 

O diretor da Injetec, empresa de máquinas injetoras e equipamentos, Marcos Alexandre Acedo, aproveitou a participação na Plástico Brasil trazendo para o estande da empresa trituradores, secadores, torres de resfriamento, misturador, unidade de água gelada, máquina injetora, e aquecedor de molde. A expectativa, segundo o diretor, foi plenamente superada.

“Foram mais de dez maquinários vendidos nesta semana e cada máquina com o valor a partir de R$ 250 mil. A feira nos ajuda a nos posicionar e fechar negócios”, comentou Acedo.   

O CEO South America do Grupo Piovan, Ricardo Prado, conta que a empresa fechou vendas durante a feira. “O evento, muito bem organizado, apresentou ótimo movimento, com visitas técnicas de alta qualidade”, avaliou o executivo. “Este ano em nada mudou para nós em relação ao ano anterior. O mercado continua saudável, com muitas empresas investindo e fazendo planos de novos investimentos”, concluiu. 

O gerente comercial da Yudo, Edelcio Evaristo, citou três tecnologias expostas na Plástico Brasil e que estão em alta no mercado, que favorecem a injeção, sendo utilizadas em moldes com câmaras quentes ou multicavidades. “Tenho certeza que seremos procurados pós-evento, porque trouxemos soluções inovadoras. Tenho fortes expectativas para 2025, pois fizemos um grande networking para nos posicionar. O objetivo foi fidelizar nossos clientes e prospectar novos potenciais também”, disse o gerente.

A Mainard, fabricante de medidores de espessura para filmes, embalagens e outros, participou da terceira edição da Plástico Brasil 2023 com sua linha completa de produtos e destacou o lançamento, o medidor de espessura Modelo M73013.

O diretor da empresa e presidente da CSMAIP – Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria do Plástico da ABIMAQ, Amilton Mainard, comentou que lançar essa novidade no evento fez todo o sentido, porque “a edição 2023 da Plástico Brasil é um divisor de águas. Por duas razões: primeiro porque o empresariado brasileiro vem descolando seus negócios da situação política e econômica do país no sentido de seguir em frente por não ter mais como esperar por estabilidade; segundo, porque ficamos muito tempo sem eventos presenciais e o networking que se estabelece no evento traz confiança ao empresário tomador de decisão”, afirmou.