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PIB da zona do euro fica estável no 4º trimestre

Na comparação anual, o PIB da zona do euro se expandiu 1,8% entre outubro e dezembro, segundo a agência de estatísticas da União Europeia.

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09 de março de 2023
Vinicius Palermo
PIB da zona do euro fica estável no 4º trimestre
PIB da Zona do Euro ficou abaixo das estimativas.

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro ficou estável no quarto trimestre de 2022 ante o terceiro trimestre, segundo revisão final divulgada na quarta-feira, 8, pela Eurostat, como é conhecida a agência de estatísticas da União Europeia (UE). Na comparação anual, o PIB da zona do euro se expandiu 1,8% entre outubro e dezembro.

Os resultados finais ficaram abaixo das estimativas preliminares e também das expectativas de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de alta de 0,1% na comparação trimestral e ganho de 1,9% no confronto anual. Em todo o ano de 2022, a economia do bloco cresceu 3,5% em relação ao ano anterior, confirmou a Eurostat.

A produção industrial da Alemanha subiu 3,5% em janeiro ante dezembro. O resultado ficou bem acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam acréscimo de 1,5% no período.

Apenas a produção manufatureira aumentou 1,9% na comparação mensal de janeiro, enquanto o setor de construção mostrou expressivo avanço de 12,6%. No confronto anual, a produção geral da indústria alemã encolheu 1,6% em janeiro, no cálculo sem ajustes. Os dados da produção industrial de dezembro foram revisados, para queda mensal de 2,4% e declínio anual de 3,3%.

As vendas no varejo da Alemanha recuaram 0,3% em janeiro ante dezembro. O resultado frustrou a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam avanço de 2% no período. Em relação a igual mês do ano passado, as vendas no setor varejista alemão sofreram contração de 6,9% em janeiro.

Em evento na Alemanha, o membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Fabio Panetta não discutiu política monetária nem a perspectiva econômica, mas defendeu a importância de se reforçar a resistência do setor financeiro às ameaças cibernéticas.

Panetta lembrou que cada vez mais há ataques com pedidos de resgate virtual (“ransomware”), com pedidos de pagamentos em criptoativos. Há também mais ataques cibernéticos relacionados a acontecimentos geopolíticos, apontou.

Nesse contexto, o dirigente defendeu o reforço à troca de informações sobre ameaças cibernéticas e meios de mitigá-las. O Conselho de Resiliência Cibernática (ECRB, na sigla em inglês) estabeleceu um protocolo de coordenação de crises para facilitar a cooperação e a coordenação, lembrou.

Além disso, essa entidade realiza avaliações conjuntas e treinamentos no segmento. Panetta afirmou que as ameaças cibernéticas “estão aí para ficar”, por isso a importância de adaptar as estruturas em nível individual e coletivo para lidar com esses riscos.