Mundo
Crédito

PIB da China cresceu 4,6% no 3º trimestre

O resultado veio em linha com a estimativa dos analistas ouvidos pela FactSet, que esperavam crescimento de 4,6%

Compartilhe:
19 de outubro de 2024
Vinicius Palermo
PIB da China cresceu 4,6% no 3º trimestre
O resultado indica uma leve desaceleração em relação ao resultado do segundo trimestre, quando o PIB do país avançou 4,7%, na mesma comparação.

O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,6% no terceiro trimestre deste ano, ante igual período de 2023, informou nesta sexta-feira, 18, o Escritório Nacional de Estatísticas do país (NBS).

O resultado veio em linha com a estimativa dos analistas ouvidos pela FactSet, que esperavam crescimento de 4,6%, e indica uma leve desaceleração em relação ao resultado do segundo trimestre, quando o PIB do país avançou 4,7%, na mesma comparação.

Em relação ao segundo trimestre, o PIB chinês cresceu 0,9% entre julho e setembro. O resultado representa uma aceleração, já que a economia do país avançou 0,7% no período entre abril e junho.

O Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) emitiu diretrizes para que bancos estatais concedam empréstimos para recompras de ações por empresas e grandes acionistas, como parte de esforços para estabilizar as bolsas chinesas, que perderam força nos últimos anos. Os empréstimos, que só poderão ser concedidos por 21 instituições financeiras designadas, terão taxa de juro máxima de 2,25%, segundo comunicado do PBoC.

Os principais bancos comerciais da China cortaram suas taxas de depósito pela segunda vez neste ano. O Industrial & Commercial Bank of China (ICBC) e o China Construction Bank Corp (CBC), além de outras grandes instituições, cortaram nesta sexta-feira (18) os juros oferecidos em depósitos a prazo de um, dois, três e cinco anos em 25 pontos-base.

A medida pode ajudar a aliviar a pressão sobre os lucros dos bancos depois que as autoridades reduziram as taxas de hipotecas e empréstimos como parte dos esforços para impulsionar a economia.
As ações do ICBC caíram 0,5% no pregão da manhã, enquanto as ações do CBC recuaram 0,85%.

O presidente do Banco do Povo da China (PBoC), Pan Gongsheng, já havia dito que uma redução adicional de 20 a 25 pontos-base nas taxas de depósito seria feita.

A medida marca o passo mais recente em um ciclo de corte de taxas de depósito que começou no final de 2022. Foram três reduções no ano passado e uma outra em julho.

O PBoC sinalizou que continuará com as medidas de flexibilização. Pan disse que cortará a taxa de recompra reversa de sete dias em 20 pontos-base. A taxa preferencial de empréstimo, que será anunciada na segunda-feira, 21, também deve cair de 20 a 25 pontos-base, segundo a mídia local.

As vendas de novas moradias na China em valor sofreram queda de 24% entre janeiro e setembro ante igual período do ano passado, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS). O resultado, porém, indica uma leve melhora no mercado imobiliário chinês em relação ao recuo de 25% nas vendas observado entre janeiro e agosto.

As construções iniciadas – considerando-se tanto residências quanto propriedades comerciais – registraram declínio anual de 22,2% nos primeiros nove meses do ano, ante recuo de 22,5% de janeiro a agosto.

Os investimentos no desenvolvimento de projetos imobiliários, por sua vez, tiveram contração anual de 10,1% entre janeiro e setembro, bem semelhante à redução de 10,2% verificada nos oito primeiros meses do ano.

O preço médio de novas moradias nas 70 maiores cidades da China registrou baixa de 0,71% em setembro ante agosto, segundo cálculos do Wall Street Journal baseados em dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS).

Em agosto ante julho, o preço havia caído em ritmo um pouco maior, de 0,73%. Na comparação anual, o preço médio de novas moradias chinesas diminuiu 6,1% em setembro, após retração de 5,7% no mês anterior, também de acordo com cálculos do WSJ. Das 70 cidades, 68 registraram declínios de preços na base anual, assim como em agosto.