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Petrobras coloca em produção navio-plataforma Anita Garibaldi

O novo navio-plataforma é do tipo FPSO e vai operar simultaneamente no pós-sal e pré-sal dos campos de Marlim e Voador.

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17 de agosto de 2023
Vinicius Palermo
Petrobras coloca em produção navio-plataforma Anita Garibaldi
Com a diminuição do número de plataformas em operação nos dois campos, haverá a redução de mais de 50% das emissões dos gases de efeito estufa.

A Petrobras informou que colocou em produção, na quarta-feira, 16, o navio-plataforma Anita Garibaldi na Bacia de Campos, com capacidade de produzir até 80 mil barris de petróleo por dia (bpd) e processar até 7 milhões de m3 de gás/dia.

O novo navio-plataforma é do tipo FPSO (sistema flutuante que produz, armazena e transfere petróleo) e vai operar simultaneamente no pós-sal e pré-sal dos campos de Marlim e Voador.

“As plataformas Anita Garibaldi e Anna Nery, que também iniciou operação em 2023, serão fundamentais para aumentar a longevidade da Bacia de Campos e ampliar sua produção. Em paralelo, são equipadas com tecnologias de última geração para redução de emissões de gases de efeito estufa, combinando eficiência e descarbonização.

Passados mais de 40 anos desde que começou a produzir, a Bacia de Campos segue se renovando e exercendo papel estratégico para o país, lançando novos projetos e gerando novas oportunidades”, afirmou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em comunicado ao mercado.

O Anita Garibaldi foi construído pela Modec e produzirá em Marlim e Voador em conjunto com o FPSO Anna Nery, já em operação A capacidade de produção conjunta das duas plataformas é de até 150 mil barris de óleo por dia (bpd) e de processamento de até 11 milhões de m3 de gás. Ambas irão substituir 9 plataformas que operavam na Bacia de Campos e serão descomissionadas.

Com a diminuição do número de plataformas em operação nos dois campos, haverá a redução de mais de 50% das emissões dos gases de efeito estufa.

O projeto de revitalização de Marlim e Voador, em conjunto com projetos de desenvolvimento complementar e projetos de revitalização de outros campos, contribuirá para o aumento da produção na Bacia de Campos dos atuais 565 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) para 920 mil boed, em 2027.

O presidente da Petrobras reforçou que não há interferência do governo federal em relação a reter ou reajustar o preço dos combustíveis. O executivo afirmou que conversa regularmente com o presidente Luiz Inácio da Lula e com ministros, e que o diálogo aberto com o governo não se traduz em decisões artificiais de precificação.

“O presidente Lula nunca prometeu que não haveria aumento de combustível no País”, afirmou Prates durante audiência pública conjunta das Comissões de Serviços de Infraestrutura e de Desenvolvimento Regional do Senado Federal.

Segundo Prates, a promessa do governo em relação ao preço dos combustíveis durante a campanha era trazer uma política que pudesse controlar a volatilidade no mercado, bem como um avanço na eficiência do processo de precificação, o que se traduziu no discurso de “abrasileirar os preços”, ou seja, decidir os valores dos combustíveis considerando a realidade operacional no País, algo que não acontecia antes, de acordo com ele.

O executivo mencionou que a Petrobras não tem poder de decisão sobre os preços no Brasil, pois é definido pelo livre mercado, apontando a concorrência da estatal com a iniciativa privada, embora tenha reconhecido a influência da petroleira.

Por fim, Prates defendeu que a política de preços da Petrobras é transparente. E se queixou das críticas que a estatal recebe em relação à falta de detalhes sobre os critérios de precificação dos combustíveis.