A Petrobras informou na quarta-feira, 22, que vai reduzir o preço do litro do diesel em R$ 0,18 a partir da quinta-feira, 23, nas suas refinarias. O preço para as distribuidoras vai passar de R$ 4,02 para R$ 3,84 por litro. O combustível não era reajustado pela estatal há 22 dias.
Antes da queda anunciada na quarta-feira, o diesel registrava preços no mercado interno em paridade ou acima do mercado internacional, dependendo do polo de comparação. “Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,45 a cada litro vendido na bomba.”
De acordo com a estatal, a redução tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da Petrobras frente às principais alternativas de suprimento.
A refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, braço do fundo árabe Mubadala no Brasil, ao contrário da estatal, tem reduzido semanalmente o preço dos combustíveis.
No mercado baiano, o preço do diesel está em paridade com o Golfo do México, enquanto a gasolina está com o preço 3% acima do mercado internacional.
Na Petrobras, a gasolina está em paridade com os preços externos e o diesel registrava uma diferença positiva de R$ 0,10 o litro, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
A Petrobras anunciou também a incorporação de mais um supercomputador às atividades da área de Exploração e Produção. A empresa investiu R$ 36 milhões no Tatu, o primeiro High Performance Computer (HPC) da companhia projetado especialmente para rodar soluções baseadas em Inteligência Artificial.
Semelhante ao mamífero curioso de quem ganhou o nome, o Tatu vai “escavar” dados para resolver demandas de modo mais ágil e preciso, com aumento do sucesso exploratório e redução de custo nas atividades de exploração e produção. O supercomputador iniciou a operação assistida e atingirá a plena produção no fim do mês.
“O foco do Tatu é um mix entre pesquisa aplicada e produção. A pesquisa aplicada é voltada à solução de problemas específicos da área de Geociências por meio do uso de algoritmos de Inteligência Artificial. Uma vez que o resultado de uma determinada pesquisa apresente um resultado satisfatório, é definido um projeto de forma a escalar o algoritmo original para uma solução que possa ser efetivamente utilizada pelos nossos geocientistas”, explica o diretor de Exploração & Produção, Fernando Borges.
Ao contrário do seu xará, um mamífero de pequeno porte, o Tatu está instalado em 11 bastidores (armários) que, alinhados, formam uma fila com 7,4 metros de comprimento. Com capacidade de processamento de 2,4 Petaflops (Floating Point Operations Per Second), equivalente a 462 mil celulares ou 12 mil notebooks, o Tatu tem consumo energético máximo anual de 216 KW, equivalente ao de uma cidade de 1400 habitantes como Flora Rica (SP), e foi construído com a preocupação de ser ecoeficiente.
O equipamento possui 64 Terabytes de memória RAM e 224 GPUs (Graphic Processors Units). A “toca” escolhida para o Tatu é o Centro de Pesquisas Desenvolvimento e Inovação da empresa, o Cenpes.
“A Petrobras vem praticamente dobrando a capacidade de processamento de dados nos últimos quatro anos. Isso é importante para habilitar as iniciativas de tecnologia digital, em benefício da eficiência das operações, tornando a empresa mais resiliente às mudanças de cenários de negócio.
Além disso, máquinas cada vez mais especializadas, dedicadas a diferentes atividades, permitem que a empresa siga investindo em pesquisa e desenvolvendo inovações, afirma o diretor de Transformação Digital e inovação, Paulo Palaia.
Em 2022, a Petrobras colocou em operação o supercomputador Pégaso, o 5º maior da indústria petrolífera mundial, e conquistou, pelo quarto ano consecutivo, o 1º lugar em computadores de alto desempenho e ecoeficiência da América Latina. Os quatro supercomputadores campeões: Pégaso, Dragão, Atlas e Fênix, juntos, somam 50 Petaflops pico FP64. Essa capacidade de processamento é equivalente à execução de 5 sextilhões de operações matemáticas por dia.