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Palácio da Liberdade bate recorde de visitação

As férias no Palácio da Liberdade, na capital mineira, bateram recorde de público, com 36.566 visitas no mês de julho.

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31 de julho de 2024
Vinicius Palermo
Palácio da Liberdade bate recorde de visitação
Crianças visitam o Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte.

As férias no Palácio da Liberdade bateram recorde de público, com 36.566 visitas no mês de julho. O número registrado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) representa um aumento de 43% em relação ao mesmo período em 2023, quando o prédio histórico recebeu 25.569 visitantes.

O sucesso é atribuído à programação especialmente pensada para o período de recesso escolar e à postura de manter os portões abertos, tornando o Palácio uma extensão da Praça da Liberdade, convidando o público a entrar a qualquer hora.

“Uma das coisas mais bonitas que temos em Minas Gerais é o Palácio da Liberdade, mas muito mais bonito é ver as pessoas nele. Ninguém precisa marcar hora para vir, tanto nos jardins quanto no interior”, observa o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira. Ele entende que a atual popularidade do Palácio da Liberdade é a coroação do trabalho de democratização do acesso à cultura.

Assim também comemora Júlia Kern Castro, produtora cultural do Palácio da Liberdade. “Temos percebido um maior interesse da população de BH e de turistas no Palácio da Liberdade, eventos como o Férias no Palácio, exposições temporárias e atividades fixas da nossa programação têm surtido efeito e o Palácio está sendo acessado por todos”.

Para receber o público de férias, em boa parte formado por crianças, a equipe idealizou uma programação para valorizar o patrimônio de Belo Horizonte e de Minas Gerais. Um dos destaques foi a visita mediada, especialmente para as crianças, que ensinou a história do prédio, a partir de uma metodologia própria, trazendo a narrativa em uma linguagem simples e lúdica para os pequenos.

Outra atração, para o público em geral, é a exposição “A valorização e o resgate de nossa cultura”, que celebra o trabalho de Yara Tupynambá em diálogo com as afromineiridades.

Ao longo do ano, o equipamento oferece exposições, ações culturais diversas e ainda conta com o educativo, que permite a escolas e outros grupos agendarem visitas guiadas. De janeiro até agora, o Palácio da Liberdade contabilizou mais de 164 mil visitantes, 26,7% a mais do que no mesmo período do ano passado.

“Mesmo a restauração está sendo feita com a visita das pessoas. Crianças, jovens, adultos, todo mundo nesta que é a Casa de Minas Gerais e é uma alegria imensa ver isso acontecendo”, pontua o secretário Leônidas de Oliveira.

Desde o ano passado, o Palácio da Liberdade passa por um processo único de restauração, que pode ser acompanhado de perto pelos visitantes. A programação cultural, mesmo com as obras, continuou efervescente.

Programas de educação patrimonial, visitas guiadas e outros eventos integram o projeto Ekos da Liberdade, que tem por objetivo a conservação do bem, tombado desde 1975, considerando a importância histórica, artística, arquitetônica e social para os mineiros.

Realizado pelo Instituto Biapó, o projeto está inserido no Programa Minas Para Sempre, uma iniciativa da Coordenadoria do Patrimônio Cultural e do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em parceria com o Governo de Minas, por meio da Secult-MG e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).

O MPMG repassou, na primeira etapa, cerca de R$ 10 milhões para realização das obras de restauro e conservação, que são acompanhadas pela Secult-MG e pelo Iepha-MG.

A arquiteta Ana Carolina de Almeida Rosário, de 24 anos, sabe a importância da iniciativa. Atualmente residente em Itaúna, a arquiteta aproveitou a visita de sua mãe, que mora em Ipatinga, para lhe apresentar o patrimônio cultural localizado no Circuito Liberdade.

“Infelizmente, muitos patrimônios antigos já foram derrubados ou estão em um estado muito grande de degradação, e as próximas gerações não terão oportunidade de conhecer nossa história”, conta a arquiteta.

“Acho muito necessária essa reforma e ela está acontecendo de uma forma muito bacana, porque não atrapalha as pessoas a continuarem visitando. Hoje, visitamos todos os cômodos do segundo andar, ouvimos uma palestra sobre a sala principal e fizemos também um passeio na área do jardim”, conta Ana Carolina.