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Pacote alemão prevê 32 bilhões de euros em corte de impostos

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, detalhou na quarta-feira, 30, o pacote estímulos para revigorar o crescimento da maior economia da Europa.

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31 de agosto de 2023
Vinicius Palermo
Pacote alemão prevê 32 bilhões de euros em corte de impostos
O chanceler alemão Olaf Scholz

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, detalhou na quarta-feira, 30, o pacote estímulos para revigorar o crescimento da maior economia da Europa. O plano prevê um corte de impostos no total de 32 bilhões de euros ao longo dos próximos quatro anos, com objetivo de simplificar o sistema tributário e promover alívio para pequenas e médias empresas.

O ponto principal do programa é um conjunto de incentivos fiscais para investimentos em eficiência energética e tecnologias ambientalmente responsáveis. O governo planeja subsidiar 15% das despesas nessa área. A expectativa é de que essas medidas, em particular, gerem uma redução de 7 bilhões de euros em impostos por ano.

As medidas incluem ainda a criação de um sistema de amortização para a construção de prédios residenciais e aumento na dedução de prejuízo fiscal. “Tudo isso junto deve promover o crescimento na Alemanha para que também possamos aproveitar as oportunidades”, disse Scholz.

O ING avalia que o pacote não deve ser suficiente para alterar a trajetória da economia alemã, que enfrentou quadro de recessão no começo do ano.

“O pacote mostra que o governo finalmente tomou consciência dos problemas da economia, mas serão provavelmente necessários passos cada vez mais concretos na mesma direção para que a economia volte a acelerar”, afirma o ING.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha cresceu 0,3% em agosto, na comparação com julho, segundo a leitura preliminar do indicador publicada na quarta-feira, 30, pela agência oficial de estatísticas do país, Destatis. Analistas ouvidos pela FactSet previam alta de 0,25%. Na comparação anual, o CPI avançou 6,1% na prévia de agosto, quando analistas projetavam crescimento de 6,0%.

Já o índice de sentimento econômico da zona do euro recuou de 94,5 em julho a 93,3 em agosto. Analistas ouvidos pela FactSet previam 94,0. Já o índice de confiança do consumidor na região da moeda comum caiu de -15,1 em julho para -16,0 em agosto. O resultado, neste caso, veio em linha com a expectativa dos analistas.

No Reino Unido, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) informou que os juros efetivamente pagos em hipotecas no Reino Unido avançaram de 4,63% em junho a 4,66% em julho. Além disso, os empréstimos líquidos em crédito ao consumidor por indivíduos recuaram de 1,6 bilhão de libras em junho a 1,2 bilhão de libras em julho, mostrou levantamento mensal da instituição, divulgado nesta quarta-feira, 30.

Segundo o BoE, o montante de empréstimos líquidos de dívida para financiamentos imobiliários por pessoas físicas teve o terceiro avanço consecutivo, ficando em 200 milhões de libras em julho (de 100 milhões de libras no mês anterior). Já o número líquido de hipotecas aprovadas teve baixa, de 54.600 em junho a 49.400 em julho.