As Nações Unidas (ONU) marcam neste 10 de fevereiro o Dia Mundial das Leguminosas. O tema deste ano destaca como a produção destes alimentos aumentam a resiliência dos sistemas agrícolas graças à baixa pegada hídrica, tolerância à seca e resistência a desastres relacionados com o clima.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, destaca o setor global de leguminosas e como garantir a resiliência das cadeias de suprimentos, ampliando o acesso a alimentos nutritivos e contribuindo para o uso sustentável de recursos naturais.
O diretor-global da FAO, Qu Dongyu, afirma que as leguminosas contribuem de diversas maneiras para a transformação de nossos sistemas agroalimentares e podem ajudar a enfrentar várias crises globais.
Ele acrescenta que os alimentos podem contribuir para aumentar a resiliência dos sistemas agrícolas e ajudar a melhorar a biodiversidade do solo e são componentes cruciais de vários sistemas de cultivo.
A FAO lembra que o mundo enfrenta desafios significativos para a segurança alimentar e nutricional, como pragas e doenças transfronteiriças, conflitos e efeitos da mudança climática.
Assim, as leguminosas podem ser uma parte importante da resposta, pois são um alimento acessível e rico em nutrientes que pode ser armazenado por um longo tempo.
Segundo a FAO, as leguminosas criam oportunidades econômicas para pequenos agricultores, pois normalmente oferecem margens de lucro mais altas do que os grãos de cereais.
A agência da ONU explica que elas auxiliam na fertilidade do solo pela capacidade de fixar o nitrogênio do ar e otimizam o uso de fertilizantes sintéticos, ao mesmo tempo em que combatem os efeitos dos choques climáticos, como secas ou chuvas intensas.
Quando os cereais são cultivados após as leguminosas em sistemas de cultivo agrícola, eles podem produzir 1,5 tonelada a mais por hectare do que os sistemas de mono culturas.
Além disso, podem ajudar a mitigar as mudanças climáticas, aumentando a capacidade do solo de armazenar carbono e restaurando solos pobres e degradados.
A contribuição das leguminosas para uma alimentação saudável não se limita apenas ao seu elevado teor proteico, que são de duas a três vezes superior ao dos grãos de cereais. Além de micronutrientes essenciais, elas também possuem baixo teor de gordura e alto teor de fibras.
Embora o feijão, o grão-de-bico e a ervilha sejam os tipos de leguminosas mais conhecidos e comumente consumidos, existem várias outras variedades menos conhecidas em todo o mundo.
Outras opções como ervilhaca, tremoço e feijão bambara também são benéficos para a segurança alimentar, nutrição, saúde, mudanças climáticas e biodiversidade.
Para a FAO, como as leguminosas apoiam todas as dimensões da sustentabilidade, incluí-las nos sistemas agroalimentares é fundamental para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Com a ajuda de governos, setor privado, membros e organizações parceiras, público e juventude, a FAO facilita e promove a celebração da data e apoia a produção e consumo de leguminosas como parte de sistemas agroalimentares sustentáveis e dietas saudáveis.