Muitas das vezes associamos uma doença a algum tipo de vírus, aquele contato com alguém infectado por gripe, catapora, tuberculose e muitas outras doenças e que vai criando força no nosso organismo a ponto de nos deixarmos de cama e até mesmo uma ida ao hospital. É muito comum quando criança seguirmos um quadro de vacinas contra doenças que chegam até nós como infecção: Hepatite A e B, Rotavírus, Pneumocócica, Febre Amarela…..Ao todo, o número passa de 13 aplicações dos mais variados tipos de doenças.
No mês de abril, precisamente no dia 4 de abril, temos um dia da conscientização mundial de uma doença silenciosa, que não adquirimos por meio de vírus e sim de maus hábitos alimentares, transtornos comportamentais, compulsão e uma sequência de comportamentos que de forma repetida nos leva a obesidade.
A Federação Mundial de Obesidade divulgou nessa quinta-feira, 2 de abril, o Atlas Mundial da Obesidade em 2023 com números que preocupam. O relatório voltado para doenças não transmissíveis indica que, 1 em cada 7 pessoas no mundo tem obesidade. O dado consegue ser ainda mais preocupante quando essa projeção é levada para o ano de 2035, onde indica que de 7 o número passa para 4 e quase dois bilhões da população convivera com a doença caracterizada pelo alo índice de gordura corporal.
Quando pensamos na questão da obesidade o raciocínio mais rápido que nos vem é de uma pessoa acima do peso, alguém que precisa de reeducação alimentar e começar a praticar algum tipo de atividade física, mas a questão vai muito mais além disso. Estima se que no Brasil a taxa chega a 41% das pessoas com algum grau de obesidade, além do impacto na questão da saúde do brasileiro, estima-se que o impacto financeiro na saúde pode chegar a 14,7 bilhões de dólares em 2025 e de 19,2 bilhões em 2035. O impacto financeiro geral pode chegar a 75,8 bilhões de dólares em 2035.
O problema se agrava quando a situação passa a se refletir em crianças. Segundo o novo Atlas, o número de crianças com obesidade pode dobrar até 2035 em relação aos números de 2020, o que significa que 400 milhões de crianças viverão com obesidade em 12 anos. A obesidade nos leva a outros tipos de agravantes no quesito saúde. A obesidade em alto nível traz outras complicações como diabetes, hipertensão, doença cardiovascular a aparecimento de cânceres, impacto na qualidade de vida e o risco precoce de morte.
Até mesmo quando estamos com nosso esquema de vacina em dia, não estamos livres de pegar uma gripe leve, ter contato com algum tipo de vírus e que ele nos ataque de forma mais branda sem grandes riscos para nossa saúde. A obesidade é uma doença que definitivamente pode ser evitada por hábitos que nos mesmos podemos colocar em prática. Uma dieta equilibrada para cada tipo de individuo, a prática regular de atividade física são os fatores principais de combate a essa doença tão silenciosa e preocupante.
O combate a essa doença precisa vir da nossa força de vontade atrelado ao investimento em políticas públicas, que propaguem a importância do hábito de vida saudável, as consequências de que tais hábitos podem colocar nossa saúde em risco. Alimentos ultra processados, a taxação dessa informação para a ciência de quem os consome, a prática ordenada e orientada de exercício físico, espaços públicos que sejam atrativos e convidativos a alguma prática de atividade física, precisam estar inseridos em nosso cotidiano até que se torne um hábito e que toda a população tenha consciência dos benefícios de que uma vida saudável pode trazer.