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Nações Unidas apoiam transferência de pacientes após ataque a hospital em Gaza

Dentro das instalações do Hospital Al Amal, que esta semana deixaram de funcionar após as operações, estavam mais de 20 funcionários e dois corpos.

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28 de março de 2024
Vinicius Palermo
Nações Unidas apoiam transferência de pacientes após ataque a hospital em Gaza
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que dois terços dos 36 hospitais de Gaza já não operam. Dois deles trabalham minimamente.

O Escritório da ONU de Assistência Humanitária, Ocha, apoiou a intervenção de evacuação de civis que foram afetados pelas operações militares de segunda-feira no Hospital Al Amal em Khan Younis, sul de Gaza.

A atuação aconteceu na sequência da ação militar que causou a morte de seis pacientes e um acompanhante. A parceria envolveu ainda a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Dentro das instalações do Hospital Al Amal, que esta semana deixaram de funcionar após as operações, estavam mais de 20 funcionários e dois corpos. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que dois terços dos 36 hospitais de Gaza já não operam. Dois deles trabalham minimamente. Outros 10 estão parcialmente funcionais no norte e seis no sul.

O chefe da Representação do Ocha para os Territórios Palestinos, Andrea De Domenico, visitou o Hospital Kamal Adwan e mais três que estão parcialmente funcionais.

Ele contou que nessas instalações chegam 15 crianças desnutridas por dia em meio a esforços para tentar manter os serviços. O único gerador teve danos graves e faltam auxílio alimentar, água e saneamento para profissionais de saúde e pacientes.

A Unrwa caracteriza o sistema de saúde de Gaza como estando a funcionar de foma bastante debilitada. Um dos exemplos é o Hospital Al Shifa que continua sitiado pelo 10º dia.

Além da evacuação de feridos forçada por militares israelenses no Hospital Al Amal, a situação no Hospital Europeu de Gaza é tida como “inimaginável” e “além de toda a compreensão”.

Em relação ao acesso à comida, o Programa Mundial de Alimentos sublinhou que cerca de 70% da população do norte de Gaza sofre com fome catastrófica, o mais crítico nível de escala.

A agência destacou que os combates em curso estão entre as maiores barreiras aos esforços para prestar assistência vital ao norte também causados pelas restrições de acesso ao norte.

Neste março, o PMA conseguiu enviar 11 comboios para a área beneficiando cerca de 74 mil pessoas. A agência destaca que as “necessidades colossais” coloca a necessidade de fazer entregas diárias para acabar com a fome.