O Escritório da ONU de Assistência Humanitária, Ocha, apoiou a intervenção de evacuação de civis que foram afetados pelas operações militares de segunda-feira no Hospital Al Amal em Khan Younis, sul de Gaza.
A atuação aconteceu na sequência da ação militar que causou a morte de seis pacientes e um acompanhante. A parceria envolveu ainda a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
Dentro das instalações do Hospital Al Amal, que esta semana deixaram de funcionar após as operações, estavam mais de 20 funcionários e dois corpos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que dois terços dos 36 hospitais de Gaza já não operam. Dois deles trabalham minimamente. Outros 10 estão parcialmente funcionais no norte e seis no sul.
O chefe da Representação do Ocha para os Territórios Palestinos, Andrea De Domenico, visitou o Hospital Kamal Adwan e mais três que estão parcialmente funcionais.
Ele contou que nessas instalações chegam 15 crianças desnutridas por dia em meio a esforços para tentar manter os serviços. O único gerador teve danos graves e faltam auxílio alimentar, água e saneamento para profissionais de saúde e pacientes.
A Unrwa caracteriza o sistema de saúde de Gaza como estando a funcionar de foma bastante debilitada. Um dos exemplos é o Hospital Al Shifa que continua sitiado pelo 10º dia.
Além da evacuação de feridos forçada por militares israelenses no Hospital Al Amal, a situação no Hospital Europeu de Gaza é tida como “inimaginável” e “além de toda a compreensão”.
Em relação ao acesso à comida, o Programa Mundial de Alimentos sublinhou que cerca de 70% da população do norte de Gaza sofre com fome catastrófica, o mais crítico nível de escala.
A agência destacou que os combates em curso estão entre as maiores barreiras aos esforços para prestar assistência vital ao norte também causados pelas restrições de acesso ao norte.
Neste março, o PMA conseguiu enviar 11 comboios para a área beneficiando cerca de 74 mil pessoas. A agência destaca que as “necessidades colossais” coloca a necessidade de fazer entregas diárias para acabar com a fome.