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Logística

MSC compra Wilson Sons por R$ 4,35 bilhões

O negócio ainda será submetido à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

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21 de outubro de 2024
Vinicius Palermo
MSC compra Wilson Sons por R$ 4,35 bilhões
A empresa Wilson Sons, uma das maiores controladoras de logística, foi vendida para a Shipping Agencies Services (SAS), uma subsidiária do grupo MSC, com sede na Suíça.

A Wilson Sons, uma das maiores empresas de logística do Brasil, tem um novo controlador. A empresa foi vendida para a Shipping Agencies Services (SAS), uma subsidiária do grupo MSC, com sede na Suíça. Pelo acordo, a SAS pagará R$ 4,352 bilhões pelo equivalente a 56,47% do capital da companhia brasileira.
O negócio ainda será submetido à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). A expectativa é que a operação seja concluída durante o segundo semestre de 2025.

A Wilson Sons detém, conforme informações de sua página na internet, terminais de contêineres na Bahia e no Rio Grande do Sul; 80 rebocadores – que, segundo a empresa, compõem a “maior e mais potente frota do País”; 23 embarcações de apoio offshore com bandeira brasileira; duas bases de apoio offshore na Baía de Guanabara (RJ); um centro logístico alfandegado em Santo André (SP); dois estaleiros no Guarujá (SP); além de serviços de logística internacional para mais de 70 países e uma das maiores agências marítimas independentes do Brasil.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa destaca que o preço de aquisição do acordo fechado com a SAS equivale a um preço por ação R$ 17,50, ligeiramente abaixo da cotação do papel no fechamento do pregão da última sexta-feira, 18, de R$ 17,85.

Segundo a empresa, o negócio permite que a Wilson Sons pague aos seus acionistas os dividendos aprovados pelo conselho de administração em 11 de outubro; e continue pagando dividendos em reais equivalentes a até US$ 22 milhões por trimestre durante o período anterior ao fechamento da operação, sujeito em qualquer caso à Wilson Sons gerar lucros suficientes no respectivo trimestre. Caso a Wilson Sons pague dividendos que excedam o valor permitido, haverá uma redução proporcional do preço de compra devido ao vendedor.

Uma vez concluído, o negócio resultará na venda das ações de controle e o comprador realizará uma oferta pública de aquisição das ações de emissão da companhia remanescentes, pelo mesmo preço e nas mesmas condições oferecidas ao Vendedor.

Conforme o fato relevante, o vendedor foi assessorado pelo BTG Pactual (assessor financeiro), Slaughter and May (assessor jurídico de lei inglesa), Pinheiro Guimarães Advogados (assessor jurídico de lei brasileira) e Peel Hunt (assessor financeiro e intermediário do Reino Unido).

A SAS confirmou ainda a conclusão da aquisição das ações detidas pelo Sr. Yves REVOL e OLYMP 3 em Clasquin SA, representando 42,06% do capital social da Clasquin SA, a um preço de 142,03 euros por ação.

Este preço representa um prêmio de 13,17% para o último valor de fechamento e 14,22% para a média ponderada pelo volume ao longo de 60 dias de negociação antes do anúncio da oferta, e de 59,94% para o último preço de fechamento e 70,42% para a média ponderada em volume ao longo de 60 dias de negociação antes do anúncio da entrada em negociações exclusivas.

A SAS apresentou uma oferta pública de propostas com a Autorité des Marchés Financiers (AMF) para as restantes ações do capital Clasquin, ao mesmo preço de EUR 142,03 por ação. O SAS pretende proceder a um aperto, caso as condições aplicáveis sejam atendidas após o fechamento da oferta.

A transação é apoiada pelo CEO da Clasquin e outros membros da equipe de gerenciamento chave, que se comprometeram a oferecer todas as suas ações da Clasquin na oferta pública de propostas do SAS, representando em geral 8,5% do capital social.