Economia
Bonança hídrica

Ministro descarta risco de racionamento de energia mesmo com altas temperaturas

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira afirmou que apesar da seca na Amazônia, as hidrelétricas da região estão funcionando

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17 de novembro de 2023
Vinicius Palermo
Ministro descarta risco de racionamento de energia mesmo com altas temperaturas
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira

Apesar das altas temperaturas no Brasil nos últimos dias, não há risco de racionamento de energia no País, garantiu na sexta-feira, 17, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Ele afirmou que apesar da seca na Amazônia, as hidrelétricas da região estão funcionando e os reservatórios em todo o País continuam cheios.

“Estive pessoalmente no norte quando houve crise de abastecimento naquele local e vivemos um momento muito tenso com a parada de Santo Antônio (usina hidrelétrica), que é fio d’água (sem reservatório). Hoje, graças a Deus, esta usina está normalizada. Belo Monte sabemos que está no seu fornecimento normal e também em Jirau, portanto não temos nenhum problema hídrico hoje no norte do Brasil”, afirmou Silveira.

Segundo o ministro, estão sendo finalizadas obras de linhas de transmissão no norte do País que vão interligar o único Estado brasileiro que não estava no Sistema Interligado Nacional (SIN), Roraima, a Manaus (AM).

“No mês que vem vamos inaugurar duas torres de transmissão e vamos interligar o último Estado da Federação. Eu estive com o presidente Lula em Parintins (AM) dando ordem de serviço para ligar Manaus a Boa Vista, e com isso vamos trazer energia da Venezuela para não só suprimento de Roraima como para o SIN e atender todo o Brasil”, afirmou Silveira.

O ministro destacou a eficiência do Operador Nacional do Sistema (ONS), que é considerado o quarto melhor operador de sistema elétrico do mundo. “É um desafio no mundo inteiro (operar o sistema)”, disse, no contexto das mudanças climáticas.

Segundo Silveira, ainda não foi tomada uma decisão sobre a volta do Horário de Verão, mas que a questão está sendo avaliada.

“Este ano tivemos a alegria, graças à bonança hídrica, de ter os nossos reservatórios cheios”, destacou o ministro, lembrando que por este motivo os consumidores não tiveram cobranças extras na conta de eletricidade e a bandeira verde predominou”, disse o ministro, lamentando que há dez anos o Brasil não constrói hidrelétrica.

Na sexta-feira, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou reajuste tarifário da CEEE-D de -2,0% em efeito alta tensão, -1,2% em efeito baixa tensão, e -1,4% em efeito médio. Os índices de reajuste serão aplicados a partir de quarta-feira, 22.

“Apesar do componente financeiro de R$ 35,0 milhões aprovado no processo tarifário deste ano, o efeito dos componentes financeiros neste processo tarifário foi de -10,16%, redução advinda principalmente do uso dos créditos de PIS/Cofins na concessão, que neste processo reduziram a tarifa em R$ 390,2 milhões, com um impacto de -8,28%”, afirma a Equatorial, sobre a nova base de remuneração da CEEE-D.

Segundo comunicado ao mercado, a parcela B teve um reajuste de 5,9% quando comparada à Parcela B vigente no último ano tarifário, influenciada pelo IPCA do período de referência que foi de 4,82%, menos o Fator X de -1,10%. Com isto a Parcela B homologada alcançou o valor de R$ 1,199 bilhão.

“Vale ressaltar que no processo tarifário deste ano foi aprovado o requerimento administrativo com vistas ao reconhecimento dos ativos de incorporação de redes no laudo de avaliação da Revisão Tarifária Periódica (RTP) de 2021, que atualizou em R$ 70,7 milhões de reais a base líquida da companhia, reposicionou em 1,45% a parcela B do ciclo para adequar a remuneração de capital para os anos restantes do ciclo e aprovou um retroativo para a VPB nos componentes financeiros de R$ 35,0 milhões”, diz a companhia.