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Ministério e Correios oferecerão chips para ajudar na comunicação dos Yanomamis

Parceria entre governo e correios viabilizará dispositivos com internet para fornecer conexão aos grupos que precisam se comunicar.

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10 de fevereiro de 2023
Vinicius Palermo
Ministério e Correios oferecerão chips para ajudar na comunicação dos Yanomamis
A parceria entre Correios e Ministério da Comunicação ajudará na conexão com as áreas indígenas

O Ministério das Comunicações e os Correios fornecerão 1 mil chips do Correios Celular para facilitar a comunicação entre as equipes humanitárias e de apoio que prestam assistência nas terras indígenas Yanomami, localizadas entre os Estados de Roraima e Amazonas.

Os dispositivos dão acesso à internet, fornecendo conexão aos grupos que precisam se comunicar em meio aos trabalhos de assistência aos indígenas. Os chips serão levados ao Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária da população Yanomami.

A iniciativa surgiu em reunião realizada entre o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e o presidente dos Correios, Fabiano Silva.

“Estamos empenhando todos os esforços para auxiliar no atendimento a essa crise que assolou os Yanomami e chocou o mundo”, destacou o ministro. “Já enviamos 17 antenas com conexão banda larga via satélite, livre e gratuita, e agora estamos enviando, junto com os Correios, chips para reforçar a comunicação”, informou Juscelino Filho.

“Nesses momentos de crise, todo apoio possível será feito. Com os chips Correios Celular, garantiremos agilidade na comunicação, o que facilitará a coordenação dos trabalhos de assistência”, afirma o presidente dos Correios, Fabiano Silva.

A operadora de telefonia móvel dos Correios, lançada em 2017, atende a milhares de clientes em mais de 5 mil municípios de todo o Brasil. Destaca-se como a operadora melhor avaliada pelos clientes na Anatel e no Reclame Aqui. O serviço está disponível ao público nas agências da estatal, e também pode ser utilizado por clientes que tenham contrato com os Correios.

A Polícia Federal começou, na sexta-feira, também a implementar as ações de erradicação do garimpo em terras yanomami, de forma a interromper a logística do crime, “com foco na inutilização da infraestrutura utilizada para a prática do garimpo ilegal, bem como a materialização das provas sobre a atividade criminosa”. As ações ocorrem no âmbito da Operação Libertação.

“O foco principal, neste momento, é interromper a prática criminosa e proporcionar a total e efetiva retirada dos não indígenas da Terra Yanomami, preservando os direitos humanos de todos os envolvidos”, informou a PF – que conta com a ajuda de Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Força Nacional e do Ministério da Defesa.

Em nota, o chefe da Diretoria de Meio Ambiente e Amazônia da PF, Humberto Freire, informou que as ações focam a logística do crime e o registro da materialidade delitiva, e não nas pessoas envolvidas, “de modo a evitar que haja dificuldades na saída dos não índios da Terra Yanomami”.

Segundo ele, há que se ter cuidado em evitar problemas devido ao fato de alguns garimpeiros não estarem conseguindo deixar a área. A preocupação do diretor é evitar que eles acabem sem meios de subsistência mínima. “Não podemos esquecer que o foco principal da operação é a desintrusão total dos não índios da TI Yanomami”, justificou.

De acordo com a PF, a Operação Libertação será mantida até que a legalidade seja restabelecida na terra Yanomami.