A expectativa para a inflação deste ano oscilou para baixo no Relatório de Mercado Focus divulgado na terça-feira, 5. A projeção de 2024 passou de 3,80% para 3,76%. Um mês antes, a mediana era de 3,81%. Para 2025, que também está no foco da política monetária, agora já em maior grau que 2024, a projeção seguiu em 3,51%.
Considerando as 52 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 passou de 3,78% para 3,70%. Para 2025, a projeção passou de 3,51% para 3,50%, considerando 50 atualizações no período.
Para 2026, a projeção continuou em 3,50% pela 35ª semana consecutiva – seguindo a reancoragem apenas parcial destacada pelo BC após a manutenção da meta de inflação em 3,0% para este e os próximos anos. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa seguiu em 3,50%, como também está há 35 semanas.
As estimativas do Relatório de Mercado Focus continuam acima do centro da meta para a inflação, de 3,00%. O IPCA de 2023 ficou em 4,62%, abaixo do teto da meta (4,75%, para um centro de 3,25% no ano passado), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022.
O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou no fim de janeiro projeção de 3,5% para o IPCA de 2024, igual à da reunião anterior, de dezembro. Para 2025, também seguiu em 3,2%. O colegiado reduziu a Selic pela quinta vez consecutiva em 0,50 pp, para 11,25% ao ano.
Os economistas do mercado financeiro reduziram a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses no Relatório de Mercado Focus desta semana, de 3,66% para 3,60%, de 3,82% há um mês.
Em junho do ano passado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ao Conselho Monetário Nacional (CMN) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iria editar decreto estabelecendo uma meta contínua de inflação a partir de 2025, em substituição à atual meta-calendário.
Os economistas revisaram parte das expectativas de inflação de curto prazo no Relatório de Mercado Focus desta terça. A mediana para fevereiro de 2024 passou de 0,76% para 0,77%. Há um mês, a expectativa era de 0,69%.
Para o IPCA de março, a estimativa seguiu em 0,24%, de 0,28% um mês antes. Já para abril, a previsão para o indicador passou de 0,36% para 0,35%, ante 0,38% de quatro semanas atrás.
O relatório elevou novamente a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024. A mediana para a alta da atividade deste ano passou de 1,75% para 1,77%, ante 1,60% de um mês atrás. Considerando apenas as 36 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2024 seguiu em 1,80%.
Para 2025, o documento trouxe manutenção na estimativa de crescimento do PIB em 2,00%, como já está há 12 semanas. Considerando as 32 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2025 também seguiu em 2,00%.
Em relação a 2026, a mediana continuou em 2,00% pela 30ª semana consecutiva. O Boletim ainda trouxe a estimativa de crescimento para 2027, que se mantém em 2,00% por 32 semanas.
A estimativa do Ministério da Fazenda para o crescimento do PIB de 2024 é de 2,2%. Já no Banco Central, a projeção atual é de avanço de 1,7% neste ano, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro.