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Membros do Hamas tentam invadir fronteira de Israel com Gaza

Um soldado israelense e três terroristas do Hamas morreram. Um dos terroristas fugiu para a Faixa de Gaza.

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07 de junho de 2024
Vinicius Palermo
Membros do Hamas tentam invadir fronteira de Israel com Gaza
Militantes do Hamas em zona de guerra.

Terroristas do grupo terrorista Hamas tentaram invadir o sul de Israel através do posto de fronteira de Kerem Shalom na quinta-feira, 6, e entraram em confronto com as Forças de Defesa de Israel (FDI). Um soldado israelense e três terroristas do Hamas morreram. Um dos terroristas fugiu para a Faixa de Gaza.
A tentativa de invasão ocorreu pouco antes do amanhecer. Soldados israelenses detectaram movimentos suspeitos perto da fronteira e iniciaram uma patrulha na área.

O Exército israelense considera que a área que os terroristas entraram é uma zona tampão e proíbe que civis palestinos passem pelo local. Os terroristas estavam armados com foguetes RPG e abriram fogo quando viram as tropas israelenses, segundo a mídia local.

Dois terroristas foram então eliminados por um ataque de drone e um terceiro foi morto por um tanque israelense. O grupo terrorista Hamas assumiu a responsabilidade pelo ataque. As FDI apontaram que não houve violação do território israelense e que o episódio está sendo investigado. A morte do soldado Zeed Mazarib levou o número de soldados mortos na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas a 290.

A tentativa de invasão ocorreu em meio a bombardeios israelenses no enclave palestino. Tel-Aviv afirmou ter sido responsável pelo ataque aéreo que atingiu uma escola da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) na Faixa de Gaza nesta quinta-feira. Segundo as Forças Armadas israelenses, o local abrigava uma base do grupo terrorista Hamas.

O ataque resultou em pelo menos 37 mortes, entre eles 23 mulheres e crianças, conforme o Hospital de Gaza. O Exército israelense afirmou que “os caças realizaram um ataque preciso a uma base do Hamas localizada em uma escola da UNRWA”, na região de Nuseirat.

A guerra começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1.200 pessoas e sequestraram 250. Este foi o maior ataque terrorista da história de Israel e o maior contra judeus desde o Holocausto.

Após o ataque, Israel iniciou uma ofensiva na Faixa de Gaza com bombardeios aéreos e invasão terrestre. Segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas, cerca de 36 mil palestinos morreram desde o início da guerra. O ministério não diferencia civis de terroristas do Hamas.

Nos dias subsequentes ao ataque do Hamas em outubro do ano passado, terroristas do grupo tentaram invadir o território israelense, mas não tiveram sucesso.

O Brasil e outros 16 países assinaram nota em que apoiam o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas sugerido pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O texto pede que o grupo extremista aceite a trégua.

“Como líderes de países profundamente preocupados com os reféns do Hamas em Gaza, incluindo muitos dos nossos próprios cidadãos, nós apoiamos integralmente o movimento em direção a um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns apresentado e explicado pelo presidente Biden”, afirma o texto.
E destaca a nota: “Não há tempo a perder. Nós clamamos que o Hamas feche o acordo, que Israel está pronto para aderir, e comece o processo de libertação de nossos cidadãos.”

“Salientamos que esse acordo levaria a um cessar-fogo imediato e à reabilitação de Gaza junto com garantias de segurança para israelenses e palestinos, e oportunidades para uma paz mais duradoura com a solução de dois Estados”, declaram os países no texto.