O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse na sexta-feira, 9, que a reunião entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da Câmara, Arthur Lira, foi positiva. Segundo Padilha, Lula quer encontrar os líderes de bancada da Câmara e do Senado.
Ele acrescentou que Lula reafirmou o papel da Secretaria de Relações Institucionais e dos líderes do governo na relação com o Congresso.
Padilha disse que “sabe respeitar” a liturgia das reuniões entre o presidente da República e o presidente da Câmara, Arthur Lira. Lula e Lira se encontraram mais cedo no Palácio da Alvorada, sem Padilha.
O ministro das Relações Institucionais disse que o presidente da República voltou a manifestar o desejo de ampliar o crédito, e que a semana foi boa “apesar” das notícias de que a Polícia Federal encontrou indícios de golpismo no grupo político de Jair Bolsonaro.
O ministro desconversou quando perguntado sobre sua relação com o presidente da Câmara. Padilha é o principal alvo de Lira dentro do governo federal. Em Brasília, é sabido que o presidente da Câmara cortou interlocução com o ministro.
“Vocês já sabem sobre isso. A questão central é: o governo tem diálogo, o governo nunca rompeu qualquer diálogo e nunca romperá”, disse Padilha, depois de ser questionado por jornalistas se mantinha conversas com o presidente da Câmara.
O ministro das Relações Institucionais deu as declarações no Palácio da Alvorada ao lado do líder do governo na Câmara, José Guimarães. Eles foram à residência oficial para uma reunião com Lula, que mais cedo havia recebido Arthur Lira. Guimarães é próximo do presidente da Câmara.
O encaminhamento da reunião entre Lula e Lira foi que os dois presidentes terão diálogo mais direto. Além disso, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, passará a ter funções de interlocução com o Legislativo.
Apesar disso, Padilha negou que Lula tenha retirado protagonismo da Secretaria de Relações Institucionais. Segundo ele, o presidente reafirmou o papel da pasta e dos líderes do governo no Legislativo – Randolfe Rodrigues (Congresso) e Jaques Wagner (Senado), além de Guimarães.
“Quanto mais ministros dialogando, sob a coordenação do Ministério das Relações Institucionais e sob a liderança do presidente Lula, cada vez melhor”, declarou Alexandre Padilha.