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Lula pede que ações do governo sejam agregadas em uma única marca

Pela manhã, ao abrir o encontro, o presidente disse que ainda “há defeitos” na gestão e que conversaria com os ministros sobre “algumas coisas para consertar” para os próximos anos.

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20 de dezembro de 2023
Vinicius Palermo
Lula pede que ações do governo sejam agregadas em uma única marca
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva coordena reunião ministerial, no Palácio do Planalto.. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu, na quarta-feira (20), que as ações do governo sejam consolidadas em uma única marca, para criar referência na população. A informação é do ministro da Casa Civil, Rui Costa, após a última reunião ministerial do ano, coordenada por Lula, no Palácio do Planalto.

Pela manhã, ao abrir o encontro, o presidente disse que ainda “há defeitos” na gestão e que conversaria com os ministros sobre “algumas coisas para consertar” para os próximos anos.

“Uma das coisas observadas, são 75 programas lançados em 2023, e o que o presidente quer que façamos, no início do ano, é agregar esse conjunto de ações para que a gente tenha marcas e evitar o que a gente chama de efeito aerossol na gestão pública; um conjunto de ações que, se tocadas de forma pulverizada, não criam marca, não criam referência e não criam identidade na população”, disse o ministro Rui Costa.

“Isso nós vamos ajustar, inclusive alinhados com a comunicação, para que essas ações se consolidem como uma marca. Em várias áreas de governo nós temos ações que, obviamente, têm que ser tocadas por diferentes entidades, mas podem ser agregadas em uma marca única”, explicou.

Segundo Rui Costa, 2024 será um ano de entregas, após o lançamento desse conjunto de 75 programas em 2023. Um cronograma deve ser montado para que Lula apresente ações nas 27 unidades da federação ainda no primeiro semestre, em razão das eleições municipais no segundo semestre. Os ministros de Estado também devem intensificar as viagens pelo Brasil.

Entre as entregas, o ministro citou obras fundamentais de abastecimento de água, especialmente no Nordeste, projetos de infraestrutura rodoviária e obras de escolas em tempo integral. Para Rui Costa, além dos benefícios diretos, são obras que vão se materializar no aquecimento das cadeias produtivas e na geração de emprego e renda para a população.

Rui Costa disse que, ainda este ano, o governo está trabalhando para anunciar as obras contempladas em dois eixos do Programa de Aceleração do Crescimento Seleções (PAC), a macrodrenagem e proteção de encostas. Segundo ele, foram priorizadas cidades com histórico de alagamentos e deslizamentos de terras.

“Nós devemos antecipar para este ano o anúncio. Todos sabem, final de dezembro, apesar desse período de estiagem em função do El Niño e da escassez hídrica que nós estamos vivenciando, mas há previsão de fortes chuvas no final de dezembro e início de janeiro, é recorrente ao longo do tempo, e, portanto, a gente queria anunciar de forma antecipada, já escolhendo as cidades”, disse.

O PAC Seleções visa atender os projetos prioritários apresentados por prefeitos e governadores em áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura social e urbana e mobilidade. Na primeira etapa, estão previstos R$ 65,2 bilhões em investimentos.

O ministro da Casa Civil afirmou, após reunião ministerial com o presidente, que a expectativa do governo é de uma queda de juros mais “acelerada” no ano que vem. Logo no início da gestão de Lula, o tema foi motivo de rusgas entre o Planalto e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Após meses de debate, e o avanço em pautas econômicas, como a reforma tributária, a autarquia começou a diminuir a taxa básica de juros, que, dos 13,75% que estava no começo do ano, foi para 11,75% agora em dezembro em uma queda gradual.

No que diz respeito ao balanço deste primeiro ano de governo, o ministro afirmou que o Executivo realizou tudo que propôs “do ponto de vista de retomada de programas” e que, para 2024, a expectativa é de menos lançamentos e mais entregas.

Costa também avaliou que a gestão Lula 3 resultou em um balanço positivo das instituições financeiras e que, até mesmo nas pesquisas de avaliação do governo, não houve quedas, mas “oscilações normais”.