O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na quarta-feira (22), da inauguração do Complexo Renovável Neoenergia, no município de Santa Luzia, interior da Paraíba. Segundo o governo, esse é o primeiro complexo associado de geração de energia renovável no Brasil que integra a geração de energias eólica e solar fotovoltaica.
Em seu discurso, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou a intenção do governo em aumentar a participação de energia limpa no parque de geração do país. Além disso, para ele, os empreendimentos nesse setor podem ser indutores da industrialização na Região Nordeste.
“É geração de emprego e renda para nossas irmãs e irmãos nordestinos, é um símbolo do aproveitamento sustentável dos recursos naturais do país. Um complexo que soube unir geração eólica com geração solar tão abundantes no nosso querido Nordeste, um verdadeiro protagonismo do Brasil na transição energética”, disse Silveira. “O sol e o vento serão os maiores indutores do desenvolvimento do Nordeste brasileiro, por meio da geração de energia limpa e renovável”, completou.
Com um investimento de cerca de R$ 3 bilhões, o projeto da Neoenergia destaca-se pela ação simultânea entre os parques eólico e solar, com o uso da mesma subestação e das linhas de transmissão. O modelo objetiva otimizar o uso da rede de transmissão em função da complementaridade das fontes de energia.
O empreendimento se estende por uma área de 8,7 mil hectares nos municípios paraibanos de Santa Luzia, Areia de Baraúnas, São José de Sabugi e São Mamede. Cerca de 250 famílias da região foram beneficiadas com o arrendamento de terras para a instalação dos aerogeradores e painéis fotovoltaicos. A energia gerada pelo complexo é de 0,6 gigawatts, suficiente para abastecer 1,3 milhão de residências por ano.
Em nota, a Presidência da República destacou o avanço da capacidade do Brasil na geração de energia limpa. “Ao fim de 2006, ano anterior ao lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de investimentos em infraestrutura, a capacidade instalada de usinas eólicas era de 237 megawatts. Em 2014, a potência instalada chegou a 3.106 megawatts”, informou.
Lula foi convidado pelo primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, para a Cúpula do G-7 em Hiroshima, no Japão, que acontece entre os dias 19 e 21 de maio. O convite foi confirmado pelo embaixador do Japão no Brasil, Hayashi Teiji. “É essencial que o Japão coopere com o Brasil em questões globais, como mudança climática, saúde e desenvolvimento”, afirmou em postagem no Twitter.
A última participação do Brasil no evento aconteceu em 2008, no segundo mandato de Lula. Durante os quatro anos de governo de Jair Bolsonaro, o Brasil não foi chamado em nenhum momento para participar da reunião, que reúne as maiores potências econômicas mundiais.
A fim de discutir os assuntos urgentes do cenário global, a cúpula que engloba Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá costuma convidar outras nações. Desde a campanha para Presidência, Lula tem reiterado o seu compromisso em reaproximar o País da comunidade internacional. A reunião não inclui a China.
Lula viajará no fim de semana para a China e afirmou em entrevista à TV 247, na manhã de terça, que a viagem é “extremamente importante não só para garantir a relação boa que o Brasil tem com a China, mas para ampliarmos a nossa relação”, e reiterou que desejaria a presença do presidente da Câmara e do Senado. A declaração faz referência à Arthur Lira (PP-AL), que informou ao governo que não vai mais integrar a comitiva oficial. A participação de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) está confirmada.