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Lula anuncia investimentos de R$ 29,5 bilhões no Rio Grande do Sul

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou na sexta-feira, 15, no Rio Grande do Sul para anunciar projetos e investimentos no Estado, incluindo recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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16 de março de 2024
Vinicius Palermo
Lula anuncia investimentos de R$ 29,5 bilhões no Rio Grande do Sul
Alckmin, Lula e Leite durante o anúncio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou na sexta-feira, 15, no Rio Grande do Sul para anunciar projetos e investimentos no Estado, incluindo recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O chefe do Executivo federal se reuniu com o governador Eduardo Leite (PSDB) e fez prestação de contas de ações após as enchentes registradas no Estado no ano passado.

No fim de 2023, o Rio Grande do Sul foi atingido por fortes chuvas e enchentes, o que resultou em milhares de moradores desabrigados e registros de óbitos. Lula não sobrevoou as cidades atingidas. A ausência fez com que parlamentares se queixassem e lembrassem o sobrevoo que o presidente fez em fevereiro do mesmo ano em regiões atingidas por chuvas no litoral norte de São Paulo.

Mesmo sem o comparecimento do presidente, o governo federal enviou comitivas de ministros aos locais atingidos. Em uma delas, a primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, acompanhou a ida ao Rio Grande do Sul. No fim de setembro, Leite foi a Brasília para se reunir com Lula e fazer um balanço das ações até então tomadas pela gestão federal.

De acordo com o governo federal, o investimento do Novo PAC previsto para este ano no Rio Grande do Sul é de R$ 29,5 bilhões. Já para o programa em geral somando os demais anos, estão estimados R$ 75,6 bilhões ao Estado.

Obras como a duplicação da BR-116/RS, a construção da segunda ponte sobre o Rio Guaíba e conclusão de barragens estão entre as prioridades de investimento federal, conforme informa o Palácio do Planalto em nota divulgada. “As construções do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Maria, do Centro de Apoio Diagnóstico e do Centro de Atendimento ao Paciente Crítico e Cirúrgico, ambos do Grupo Hospitalar Conceição, também estão planejadas”.

Os investimentos incluem ainda a instalação de 4 mil quilômetros de infovia e a conectividade nas 7.249 escolas do Ensino Básico, além da previsão de conclusão de obras abandonadas na capital e no interior do Estado. Dentre as quais, creches e pré-escolas, e escolas do ensino fundamental. Também haverá recursos voltados para transição e segurança energética, para os setores de portos e aeroportos e moradias.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite fez um aceno positivo ao presidente e disse que, independentemente das divergências políticas, torce a favor do chefe do Executivo Federal. Na fala, o tucano também cobrou um posicionamento do governo federal em relação à dívida do Estado. Leite reclamou da condições atuais do contrato com União e pediu mudanças.

“Presidente Lula, independentemente de divergências, diferenças pontuais que possamos ter, pensamento político na forma de organização da máquina, seja o que for, pode ter certeza que sou um dos que torcem a favor do senhor, do seu governo, do Brasil para que possamos encontrar destino melhor à população”, disse o governador em anúncio de ações e investimentos do governo federal ao Rio Grande do Sul. Lula e alguns ministros do governo dividiam o palco com Leite.

“Por mais que possamos ter divergências e diferenças, acredito na sinceridade e vontade do presidente Lula de fazer um país mais justo e melhor para o futuro de todos”, afirmou. O governador disse acreditar que é “absolutamente sincera e honesta” tal vontade do petista.

No discurso, Leite agradeceu o governo federal pelos investimentos anunciados. De acordo com ele, o governo gaúcho quer ser “sócio” dessa união. Porém, pontuou que, para isso, é preciso ter condições.
“Nas condições atuais do contrato da dívida, futuramente, em um breve espaço de tempo, a dívida vai consumir mais de 12% da receita corrente do Estado, limitando a capacidade de investimentos”, disse o governador. “O que pedimos à União é que faça um movimento para que pelo menos aquilo que arrecadamos fique efetivamente no Estado e deixe de ser demandado do orçamento do nosso Estado para que a gente possa se associar às iniciativas e turbiná-las”, acrescentou.