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Lula adia embarque à China após apresentar pneumonia leve

Lula passou por exames no Hospital Sírio Libanês, em Brasília, após retornar de viagens que fez à Paraíba, Pernambuco e Rio de Janeiro.

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25 de março de 2023
Vinicius Palermo
Lula adia embarque à China após apresentar pneumonia leve
O primeiro compromisso de Lula na China seria um encontro com empresários e agentes públicos sobre desenvolvimento sustentável, na segunda-feira (27), em Pequim.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiou o embarque à China após ser diagnosticado com pneumonia leve. Na quinta-feira (23) à noite, Lula passou por exames no Hospital Sírio Libanês, em Brasília, após retornar de viagens que fez à Paraíba, Pernambuco e Rio de Janeiro.

Na sexta-feira (24), Lula permaneceu na residência oficial do Palácio da Alvorada e as reuniões com ministros que estavam previstas, no Palácio do Planalto, foram canceladas.

O embarque para a China estava previsto para este sábado (25) e, em publicação nas redes sociais, a Presidência confirmou que ele foi adiado para domingo (26).

“O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, está no Alvorada após exames no hospital Sírio Libanês na quinta à noite. O presidente está com pneumonia leve e irá, por conta disso, adiar para domingo o início da sua viagem para a China”, escreveu.

O primeiro compromisso de Lula na China seria um encontro com empresários e agentes públicos sobre desenvolvimento sustentável, na segunda-feira (27), em Pequim. Já os principais eventos diplomáticos da viagem estão previstos para terça-feira (28), quando Lula terá reuniões com o presidente da China, Xi Jinping, com o primeiro-ministro da China, Li Qiang, e com o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji.

O dia 29 será dedicado a um evento empresarial promovido pela Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível e pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, com a participação de mais de 240 empresários brasileiros.

No dia 30, o presidente Lula irá a Xangai, onde visitará a sede do Novo Banco de Desenvolvimento, entidade criada pelos Brics (grupo formado por Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul). Na ocasião, a ex-presidenta Dilma Rousseff tomará posse no comando do banco.

Será a primeira viagem de Lula a um país asiático após assumir seu terceiro mandato. Mas a viagem à China é a terceira internacional de Lula depois da posse no cargo: o presidente já foi à Argentina e aos Estados Unidos. A previsão do Ministério das Relações Exteriores é que pelo menos 20 acordos comerciais serão assinados durante a visita.

Na quinta-feira, o presidente defendeu incentivos públicos aos projetos culturais e a existência do Ministério da Cultura. “Que o governo nunca mais ouse desmontar a experiência e a prática cultural do povo brasileiro”, disse, durante evento no Teatro Municipal do Rio.

Acompanhado pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, Lula assinou o decreto que restabelece regras da Lei Rouanet e outros incentivos aos projetos culturais. “Vão dizer que a mamata voltou, que a farra voltou, que o gasto desnecessário voltou. Vocês não devem ficar quietos. A gente não pode permitir que a pauta de costumes possa derrotar a política cultural desse País”, recomendou.

No início do discurso, que durou apenas dois minutos, ele justificou a fala curta com bom humor. “Vocês nunca me viram sair de um evento sem falar. Hoje eu estou com a garganta muito ruim e não quero usar a palavra porque eu tenho que embarcar para a China e eu preciso estar com a garganta boa para conversar com o Xi Jinping”, afirmou, referindo-se ao encontro que terá com o presidente da China.

No evento de quinta, Lula estava acompanhado pela mulher, Rosângela Lula da Silva, a Janja, e foi prestigiado por vários artistas, como José de Abreu e Antônio Pitanga. A ministra Margareth Menezes exaltou iniciativas culturais do governo e a recriação do Ministério da Cultura.

Durante o evento, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a petrolífera vai ampliar o patrocínio de projetos culturais. “Estamos hoje a menos de 10% do investimento em cultura, patrocínios, da Petrobras. Vamos voltar para a média do seu governo (das duas gestões anteriores)”, afirmou. “Todas as empresas, lideradas pela Petrobras, devem voltar a valorizar a cultura”, completou.