Economia
Avanços

Lucro líquido do BTG Pactual subiu 65,9% no 4º trimestre

Frente ao terceiro trimestre, o lucro líquido subiu 3,8%. O lucro líquido ajustado foi de R$ 2,8 bilhões, alta de 61% ante um ano

Compartilhe:
05 de fevereiro de 2024
Vinicius Palermo
Lucro líquido do BTG Pactual subiu 65,9% no 4º trimestre
Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual.

O BTG Pactual registrou lucro líquido de R$ 2,7 bilhões no quarto trimestre de 2023, representando um crescimento de 65,9% frente ao mesmo período de 2022. Frente ao terceiro trimestre, o lucro líquido subiu 3,8%. O lucro líquido ajustado foi de R$ 2,8 bilhões, alta de 61% ante um ano e de 3,7% em relação ao terceiro trimestre. No ano de 2023, o lucro líquido ajustado foi recorde, somando R$ 10,4 bilhões, um aumento de 25% frente a 2022.

As receitas totais somaram R$ 5,65 bilhões no quarto trimestre do ano passado, alta de 56% frente ao mesmo intervalo de 2022, quando reconhecido o impacto de uma provisão não recorrente. Em relação ao terceiro trimestre, as receitas totais ficaram estáveis. No ano de 2023, as receitas totais foram para R$ 21,6 bilhões, um aumento de 25,6%.

O retorno ajustado sobre o patrimônio líquido (ROAE) foi de 23,4% no quarto trimestre de 2023, de 16,7% no quarto trimestre de 2022. No terceiro trimestre de 2023, o ROAE ficou em 23,2%. No ano de 2023, o ROAE subiu para 22,7%, de 20,8% em 2022.

O patrimônio líquido do banco foi para R$ 49,4 bilhões ao final de 2023, de R$ 42,4 bilhões ao final de 2022. O índice de Basileia subiu para 17,5% no fechamento do quarto trimestre de 2023, de 15,1% no mesmo período de 2022. Os ativos totais sob gestão e administração alcançaram R$ 1,6 trilhão ao final do quarto trimestre de 2023, um aumento de 25% em base anual.

A entrada líquida de recursos (net new Money) alcançou R$ 41 bilhões no quarto trimestre de 2023, enquanto no ano, as entradas somaram R$ 205 bilhões.

“Em um ano desafiador nos mercados de crédito e capitais, fomos capazes de entregar uma performance recorde, com expansão significativa das nossas franquias de clientes. Seguimos obtendo alavancagem operacional em nossa plataforma, ao mesmo tempo que fortalecemos nossa cultura centrada no cliente”, disse Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual.

O ano de 2023 também foi marcado por ganhos de market share, especialmente nas franquias de clientes, com captações líquidas acumuladas de R$ 204,7 bilhões. O portfólio de Corporate & SME Lending

aumentou 19% no ano, a base de funding cresceu 16% e o Índice de Basileia atingiu 17,5% no final do ano. Esses resultados não apenas refletem a robustez, mas reforçam a capacidade de performar em qualquer cenário macroeconômico.

Apesar da sazonalidade natural do final do ano, o banco registrou receitas recordes na maioria das linhas de negócio no trimestre, tais como Corporate & SME Lending, Asset Management e Wealth Management & Consumer Banking. As áreas de Investment Banking e Sales & Trading também tiveram desempenho sólido.

As receitas do Corporate & SME Lending totalizaram R$ 1.353,2 milhões, um aumento de 2,4% no trimestre e muito acima do 4T22, quando o impacto foi negativo na provisão não recorrente. O portfólio total continuou a crescer com foco em contrapartes de alta qualidade, alcançando R$ 171,6 bilhões, 6,8% acima do 3T23, e a carteira de SME retomou o crescimento, subindo 16,2% no trimestre.

As receitas de Asset Management alcançaram R$ 508,5 milhões, 8,8% acima do 3T23 e 18,5% maiores do que no 4T22, com um NNM de R$ 14,5 bilhões, superando a indústria.

A área de Wealth Management & Consumer Banking alcançou a marca de vinte trimestres consecutivos registrando crescimento de receita, totalizando R$ 861,8 milhões, 8,9% acima do trimestre anterior e 25,6% ao ano. O WuM cresceu 7,1% no período, apoiado pelo forte NNM de R$ 26,9 bilhões.

A área de Investment Banking registrou receitas sólidas de R$ 463,8 milhões, uma queda de 21,4% em comparação com o 3T23 muito forte, quando o banco teve receitas recordes de DCM. Os volumes de mercado continuam ganhando força à medida que o BTG Pactual aumenta o número de transações concluídas no período.

As receitas de Sales & Trading totalizaram R$ 1.406,7 milhões, 3,4% abaixo do último trimestre e 24,1% acima do mesmo período do ano anterior, impulsionadas principalmente por receitas baseadas em fluxo de cliente, já que o VaR como percentual do patrimônio líquido foi 0,31%. As áreas de Principal Investments e Participations registraram receitas de R$ 117,2 milhões e de R$ 49,5 milhões, respectivamente.