A Cemig reportou lucro líquido de R$ 1,23 bilhão no terceiro trimestre deste ano, alta de 4,65% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Entre julho e setembro, o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) ajustado pela exclusão de itens não recorrentes, aumentou 27,9% em base anual de comparação, para R$ 1,964 bilhão, enquanto a margem Ebitda passou de 16,64% para 20,84%, aumento de 4,2 pontos porcentuais (p.p.). Já a receita líquida da Cemig no terceiro trimestre avançou 2,20% para R$ 9,426 bilhões.
A receita com energia vendida a consumidores finais de julho a setembro totalizou R$ 8,130 bilhões, crescimento de 14,41% em relação ao mesmo período de 2022. No período, o fornecimento bruto de energia totalizou 15.786.608 megawatts-hora (MWh), queda de 0,99% em relação ao mesmo período do ano passado.
No período, o consumo residencial aumentou 6,2% em comparação com o mesmo intervalo de 2022, principalmente devido ao crescimento na base de consumidores e do consumo médio mensal, devido às temperaturas mais elevadas, além do efeito das ações de recuperação de perdas.
Em relação ao gás, a companhia registrou uma receita com fornecimento de R$ 989,2 milhões no terceiro trimestre, redução de 18,79% na base anual. O resultado é decorrente de paradas programas para manutenção nos principais clientes industriais.
Na compra de gás para revenda, a empresa teve uma despesa de R$ 527,1 milhões no trimestre, uma queda de 32,63% em base anual de comparação.
Referência em sustentabilidade no setor elétrico, a Cemig busca, a cada dia, ampliar e diversificar sua atuação na área, sempre com a adoção de práticas inovadoras que dialogam com a proteção ao meio ambiente. Reforçando seu compromisso com a constante modernização do segmento de energia e com as práticas ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança), a companhia está instalando, na sua rede aérea de distribuição, um cabo de alumínio que tem o isolamento feito de material contendo plástico de origem vegetal.
O “cabo Green”, como é chamado, tem na base de composição do seu sistema de isolamento 20% de polietileno de origem vegetal, advindo da cana-de-açúcar, diferentemente dos cabos de alumínio tradicionais e já estabelecidos no mercado, que têm o isolamento feito 100% com o polietileno vindo do petróleo, de origem fóssil. Ao utilizar o cabo sustentável, a Cemig contribui para a diminuição de emissão de CO2 na atmosfera.
A diretora de Comunicação e Sustentabilidade da Cemig, Cristiana Kumaira, destaca a dedicação crescente da empresa com a implantação de práticas inovadoras que beneficiam o setor elétrico e fala do permanente foco da Companhia com a preservação do meio ambiente.
“A Cemig é líder em sustentabilidade, sendo a única empresa do setor elétrico fora da Europa presente no Índice Dow Jones. Além disso, é signatária do movimento Net Zero da Organização das Nações Unidas (ONU). Sua responsabilidade com a proteção ao meio ambiente não está apenas nas grandes entregas, mas em seu dia a dia e na execução de ações rotineiras. O comprometimento com iniciativas de sustentabilidade ambiental é um fator essencial para a governança empresarial moderna” ressalta.
De acordo com a Prysmian, fabricante do material, o efeito combinado total – CO2 capturado com a utilização de polietileno de origem vegetal e CO2 evitado devido a não utilização de polietileno de origem fóssil – é de quase 1,8 tonelada de CO2 para cada 10 km de cabo.
“A Cemig será a primeira distribuidora de energia elétrica no país a fazer uso, em sua rede aérea, de um cabo de alumínio sustentável, tendo na sua composição polietileno vegetal. Essa iniciativa é muito importante e demostra a atenção que a empresa tem com a questão ambiental”, afirma o gerente comercial da Prysmian, Guilherme Camelo.
A Cemig fez a instalação de cerca de 300 metros do material em um circuito localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), substituindo a rede nua pela rede isolada com o novo material. A ideia é testar a nova tecnologia e, a partir dessa fase piloto, observar o desempenho do novo cabo, como explica o gerente de Engenharia, Automação e Sistema da Distribuição da Cemig, William Alves de Souza.
“Esta nova tecnologia já foi testada em laboratório e apresentou resultados muito satisfatórios. A aplicação inédita na Cemig terá como objetivo o acompanhamento da solução em campo. Após esta fase, avaliaremos a viabilidade do uso do cabo sustentável em maior escala nas redes de distribuição da empresa”, comenta.
O diretor de Compras e Logística da Cemig, Osias Galantine, lembra que a companhia está focada em, cada vez mais, utilizar produtos e serviços que aplicam tecnologias inovadoras em conjunto com as técnicas ambientalmente consolidadas. “A empresa tem processos estruturados de prospecção e busca de novos produtos, equipamentos e soluções para aplicação no seu sistema elétrico que, atrelado à utilização de modernas tecnologias, se alinham aos princípios de ESG. É um trabalho contínuo de modernização que gera, consequentemente, melhoria de eficiência e desempenho dos ativos da companhia, entregando um melhor serviço aos clientes”, comentou.
A rede de distribuição da Cemig já conta com outros equipamentos que têm características sustentáveis. Além do cabo Green, a companhia já utiliza no sistema elétrico os transformadores de distribuição com líquido isolante à base de óleo vegetal. Estão instaladas cerca de seis mil unidades em diferentes regiões de Minas.
Além do óleo vegetal ser biodegradável, ele permite uma maior vida útil devido à sua estabilidade térmica. Outras vantagens da presença do óleo vegetal no transformador em relação ao óleo mineral tradicional, é que ele apresenta menor risco de inflamabilidade e uma maior capacidade térmica de refrigeração.