Economia
Corte de custos

Lucro líquido consolidado da Ambev subiu 24,9% no 3º trimestre

A receita líquida da Ambev somou R$ 20,317 bilhões entre julho e setembro, uma queda de 1,3% ante um ano antes no conceito reportado

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31 de outubro de 2023
Vinicius Palermo
Lucro líquido consolidado da Ambev subiu 24,9% no 3º trimestre
A receita líquida da Ambev somou R$ 20,317 bilhões entre julho e setembro

A Ambev apresentou lucro líquido consolidado de R$ 4,015 bilhões no terceiro trimestre de 2023, o que representa um crescimento de 24,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A empresa também divulgou lucro líquido ajustado, de R$ 4,038 bilhões, montante 25,1% maior que o apurado um ano antes.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 6,584 bilhões, montante 17,6% maior ante igual etapa do ano passado no conceito reportado e avanço de 43,7% no conceito orgânico.

A receita líquida somou R$ 20,317 bilhões entre julho e setembro, uma queda de 1,3% ante um ano antes no conceito reportado, mas avanço de 19,3% no conceito orgânico. Em seu release de resultados, a empresa destaca que o desempenho da receita líquida foi impulsionado pelo crescimento da receita líquida por hectolitro (ROL/hl) de 21,7%.

“Esses resultados são explicados por uma combinação do desempenho resiliente da receita líquida, apesar da queda de 2,0% no volume, juntamente com ventos favoráveis no câmbio e nas commodities (particularmente alumínio) em nossos custos, e maior eficiência em termos de despesas de distribuição e administrativa”, destaca a empresa.

No Brasil, o volume ficou praticamente estável (-0,1%), uma vez que a queda no desempenho em Cerveja (-1,1%) diante da forte performance dos anos anteriores foi compensada pelo crescimento de 2,8% do segmento de bebidas não-alcoólicas (NAB).

No âmbito das operações internacionais, o desempenho positivo na América Central e Caribe (CAC), de 13,6%, foi mais do que compensado pela América Latina Sul (LAS, -9,4%) e pelo Canadá (-13,1%), onde os volumes foram impactados principalmente pelas indústrias em queda.

A empresa destaca que o avanço da receita líquida, de 19,3%, foi o 13º trimestre consecutivo de crescimento de dois dígitos. O desempenho do Ebitda ajustado, de 43,7%, por sua vez é o sétimo trimestre de crescimento à frente da inflação desde o primeiro trimestre de 2021.

“Por fim, o desempenho do quarto trimestre é sempre crítico dada a chegada do verão na América do Sul, mas estamos confiantes em nossa capacidade de entregar pelo terceiro ano consecutivo uma melhora consistente e contínua em termos de crescimento e rentabilidade, com desempenho orgânico consolidado do Ebitda ajustado à frente do crescimento de 17,1% entregue em 2022, bem como expansão da margem bruta e da margem Ebitda ajustado”, destaca a empresa.

Já a Anheuser-Busch InBev (AB InBev), maior cervejaria do mundo, obteve lucro líquido de US$ 1,47 bilhão no terceiro trimestre de 2023, um pouco maior do que o ganho de US$ 1,43 bilhão apurado em igual período do ano passado. O resultado, porém, veio abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam lucro de US$ 1,85 bilhão.

A receita da AB InBev, controladora da AmBev no Brasil, aumentou para US$ 15,57 bilhões no trimestre encerrado em setembro, de US$ 15,09 bilhões um ano antes, mas também ficou aquém do consenso da FactSet, de US$ 15,72 bilhões.

Já a receita orgânica cresceu 5%, superando consenso fornecido pela própria empresa, de alta de 4,7%, enquanto o volume caiu 3,4%, ante expectativa de recuo de 2,7%. Apenas na América do Norte, o volume sofreu expressiva queda de 17,1%.

O Ebitda normalizado – uma das principais métricas da cervejaria – avançou para US$ 5,43 bilhões no trimestre, ante US$ 5,31 bilhões no mesmo intervalo de 2022.