Economia
Cana-de-açúcar

Lucro líquido ajustado da Raízen soma R$ 754,4 milhões

A receita líquida da Raízen caiu 3,1% na comparação anual, chegando a R$ 58,491 bilhões no trimestre encerrado em dezembro.

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10 de fevereiro de 2024
Vinicius Palermo
Lucro líquido ajustado da Raízen soma R$ 754,4 milhões
A Raízen também relatou a venda de 1,416 milhão de metros cúbicos de etanol, queda anualizada de 17,6%.

A Raízen registrou lucro líquido ajustado de R$ 754,4 milhões no terceiro trimestre do exercício 2023/2024 – o equivalente ao quarto trimestre do ano -, alta de 195% ante os R$ 255,7 milhões apurados em igual período de 2023.

A receita líquida da Raízen caiu 3,1% na comparação anual, chegando a R$ 58,491 bilhões no trimestre encerrado em dezembro. Na mesma base de comparação, o resultado operacional medido pelo Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 3,929 bilhões, alta de 32,5%.

Ao longo do trimestre, a Raízen processou 18,8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, alta de 36,2% sobre igual período de 2022. O mix foi de 50% de açúcar e 50% etanol, contra índices de 48% e 52%, respectivamente, um ano antes. Segundo a companhia, houve queda de 5,4% no ATR, para 130,5 quilogramas por tonelada e aumento de 12,5% no TCH, para 77,2 toneladas por hectare.

A Raízen também relatou a venda de 1,416 milhão de metros cúbicos de etanol, queda anualizada de 17,6%. O preço médio do etanol comercializado caiu 31%, para R$ 2.599 por metro cúbico. O volume de vendas do açúcar caiu 7,2%, para 2,655 milhões de toneladas. Mas o preço médio realizado cresceu 42,9%, para R$ 2 720/tonelada.

Em mensagem publicada no release de resultados, o CEO da Raízen, Ricardo Mussa, classifica o trimestre como um “dos melhores resultados da história” da empresa. “Em Renováveis & Açúcar, batemos recorde de moagem com substancial recuperação da produtividade. Temos comercializado nosso açúcar em um novo patamar de preços com importante melhora nos resultados. No etanol, mesmo neste ambiente de preços mais pressionados, nosso portfólio diferenciado sustentou preços superiores à média do mercado e nossa estratégia de comercialização vem se mostrando acertada”, disse.

A Raízen ainda reafirmou o guidance para o ano-safra 2023/24. A empresa manteve a projeção de Ebitda ajustado entre R$ 13,5 bilhões e R$ 14,5 bilhões para o período. O investimento previsto fica entre R$ 13 bilhões e R$ 14 bilhões.

Este mês, a Raízen Power, marca da Raízen dedicada a soluções de eletricidade renovável, e a BYD, líder mundial em vendas de veículos elétricos, anunciaram uma parceria estratégica para acelerar a mobilidade elétrica sustentável no Brasil. O acordo entre as duas empresas inclui diversas iniciativas, como a construção de centros de carregamento de veículos elétricos sob a marca pública de carregamento de veículos elétricos da Shell – Shell Recharge – em oito capitais brasileiras nos próximos três anos.

Os hubs serão construídos a partir de 2024 em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Salvador e Belém. A parceria foi anunciada em evento em Shenzhen, na China, que contou com a presença de líderes da Raízen Power, BYD e Shell.

O objetivo da parceria é ampliar significativamente a rede pública de carregadores elétricos nas principais capitais brasileiras, oferecendo energia 100% limpa e renovável e proporcionando uma experiência de recarga de alta tecnologia aos usuários. No total, serão instalados cerca de 600 novos pontos de carregamento DC, acrescentando 18 MW adicionais de potência instalada para recarga de veículos elétricos em todo o país. A parceria incluirá a oferta de energia e serviços competitivos aos motoristas da BYD na rede Shell Recharge. Adicionalmente, a parceria considera a colaboração com a Tupinambá, plataforma focada em gerar a melhor experiência digital para usuários de veículos elétricos.

Através da marca Shell Recharge, a Raízen Power, um dos maiores players de energia elétrica do Brasil, quer liderar o mercado brasileiro de eletromobilidade, alcançando aproximadamente 25% de market share no segmento. Além disso, a marca pretende atingir 10% de participação no mercado livre de energia e avançar em seus projetos de geração distribuída – duas soluções de comercialização de energia limpa que proporcionam economia a consumidores residenciais, comerciais e grandes empresas.

“Queremos democratizar o acesso à mobilidade elétrica e às energias renováveis, tornando estas soluções mais acessíveis, acessíveis e atrativas para o mercado. Com a parceria entre Raízen Power e BYD estaremos mais próximos de nossos clientes e participaremos de toda a jornada do consumidor com a rede Shell Recharge, por meio de um portfólio completo e integrado que aborda a busca global por um futuro mais sustentável”, disse Ricardo Mussa, CEO da Raízen.

A Raízen é licenciada da marca Shell e possui uma rede de quase oito mil sites de mobilidade espalhados pelo Brasil, Argentina e Paraguai, atendendo milhões de consumidores diariamente em suas viagens.

Esta parceria também é estratégica para o desenvolvimento e implementação de equipamentos de carregamento e soluções de baterias da BYD. Os consumidores da BYD também terão descontos na recarga em hubs localizados nas 8 cidades.