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Expansão

Lucro do BTG Pactual sobe 27,6% e chega a R$ 2,9 bilhões

Em comparação ao quarto trimestre, que somou R$ 2,847 bilhões, o lucro líquido ajustado do primeiro trimestre ficou praticamente estável.

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14 de maio de 2024
Vinicius Palermo
Lucro do BTG Pactual sobe 27,6% e chega a R$ 2,9 bilhões
O patrimônio líquido do banco foi para R$ 51,962 bilhões no primeiro trimestre, alta de 17,5% em 12 meses e de 5,22% em relação ao quarto trimestre de 2023.

O BTG Pactual encerrou o primeiro trimestre de 2024 com lucro líquido e receitas mais uma vez recordes. O lucro líquido ajustado somou R$ 2,889 bilhões no primeiro trimestre de 2024, representando um crescimento de 27,66% frente ao mesmo período de 2023. Em comparação ao quarto trimestre, que somou R$ 2,847 bilhões, o lucro líquido ajustado do primeiro trimestre ficou praticamente estável.

O lucro líquido somou R$ 2,774 bilhões, alta de 30% ante um ano e em linha aos R$ 2,728 bilhões do quarto trimestre. As receitas totais somaram R$ 5,891 bilhões no primeiro trimestre, alta de 22,65% frente ao mesmo intervalo de 2023 e de 4,2% em relação ao quarto trimestre.

O retorno ajustado sobre o patrimônio líquido (ROAE) foi de 22,8% no primeiro trimestre, de 20,9% no primeiro trimestre de 2023. No quarto trimestre de 2023, o ROAE ficou em 23,4%.

O patrimônio líquido do banco foi para R$ 51,962 bilhões no primeiro trimestre, alta de 17,5% em 12 meses e de 5,22% em relação ao quarto trimestre de 2023. O índice de Basileia subiu para 16,4% no fechamento do primeiro trimestre, de 15,5% no mesmo período de 2023 e de 17,5% no quarto trimestre.

Os ativos totais sob gestão e administração alcançaram R$ 1,636 trilhão ao final do primeiro trimestre, um aumento de 27,3% em base anual e de 4,46% em base trimestral.

A entrada líquida de recursos (net new money) alcançou R$ 64 bilhões no primeiro trimestre, acima dos R$ 41 bilhões no quarto trimestre de 2023.

A expansão de receitas combinada a um eficiente controle de custos resultou em um ROAE de 22,8% em meio a um cenário macroeconômico desafiador e a sazonalidade natural que afetou negativamente o primeiro trimestre do ano.

Além dos recordes de receita e lucro líquido no trimestre, no total de R$ 5.891,5 milhões e R$2.889,4 milhões respectivamente, o banco teve forte NNM de R$63,8 bilhões, à medida em que continuou ganhando participação no mercado nos segmentos de Asset e Wealth Management. O total de ativos sob administração/gestão atingiu R$ 1,636.0 bilhão no trimestre.

Em abril, o banco através de sua filial nas Ilhas Cayman, emitiu títulos de dívida sênior no montante de US$ 500 milhões, a uma taxa fixa de 6,45% a.a., com vencimento de cinco anos e remuneração semestral. Conseguimos expandir ainda mais nossa base de funding, totalizando R$224,9 bilhões no trimestre, mantendo um balanço robusto e índices de capital confortáveis. O Índice de Basileia encerrou o trimestre em 16,4%, já considerando o resgate, em fevereiro, do título subordinado de nível 2.

Durante o trimestre, com receita 4,2% maior que o trimestre anterior e 22,7% acima do 1T 2023, o banco conseguiu entregar sólidos resultados em todas as linhas de negócio, com recorde de receitas em Asset, Weatlh Management e Corporate Lending.

As receitas da Asset Management atingiram R$ 574,4 milhões, um aumento de 13,0% em relação ao último trimestre, mesmo em um período em que normalmente não reconhece taxas de performance.

Em Wealth Management & Personal Banking, o BTG Pactual registrou 21 trimestres consecutivos de crescimento de receita atingindo R$ 879,1 milhões, com forte captação líquida de R$ 43,6 bilhões das quais R$ 15,9 bilhões estão relacionadas a aquisição da Órama, aprovada pelos reguladores em março, aumentando os canais de distribuição e a participação no mercado de varejo.

Corporate Lending & Business Banking também reportou recorde de receita de R$ 1.436,2 milhão, um aumento de 6,1% em relação ao trimestre anterior. O portfólio de crédito atingiu a marca de R$ 181,6 bilhões, com portfólio de PME crescendo 7,8% no trimestre, impulsionado por uma plataforma totalmente digital e contínua expansão de oferta de produtos.

Investment Banking teve uma excelente performance, atingindo receita de R$ 654,0 milhões com contribuição recorde em M&A e de DCM à medida que as atividades de mercado continuaram melhorando.

Sales & Trading teve sólido desempenho, com receita de R$ 1.371,3 milhão, impulsionadas principalmente pelo fluxo de clientes apesar de um cenário macroeconômico desafiador tanto no mercado local, quanto internacional. O banco consolidou as receitas de Principal Investments, dentro da área Sales & Trading devido à natureza semelhante dos negócios e à baixa relevância no total.

Como referência, Principal Investments teve receita de R$ 13 milhões no trimestre. Participations registrou receita sólida de R$ 175,7 milhões, composta principalmente do resultado das participações no Banco PAN e na Too Seguros. Em linha com a estratégia do Banco Pan de reter uma maior parcela de sua originação de crédito, o BTG Pactual reduziu a aquisição de carteira de crédito nesse trimestre.

As despesas operacionais fecharam o trimestre em R$ 2.418,5 milhões. O aumento no período é devido ao maior provisionamento para bônus, calculado de acordo com a geração de receita, e aumento de salários e benefícios associados as promoções no final do ano e reajustes salariais. Ainda assim, o índice de eficiência ajustado encerrou o trimestre em 37,5%, abaixo da média histórica.