Economia
Biofungicidas

Lucro da Corteva caiu 26,3% e chegou a US$ 714 milhões

O resultado representa queda de 26,3% ante o verificado em igual período do ano passado, de US$ 969 milhões, ou US$ 1,33 por ação.

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05 de agosto de 2023
Vinicius Palermo
Lucro da Corteva caiu 26,3% e chegou a US$ 714 milhões
Na América do Norte, as vendas líquidas aumentaram 6%, para US$ 4,319 bilhões.

A empresa de sementes e agroquímicos Corteva, dos Estados Unidos, obteve lucro de US$ 714 milhões, ou US$ 1,00 por ação, no segundo trimestre deste ano, disse a companhia na quinta-feira (3), depois do fechamento do mercado.

O resultado representa queda de 26,3% ante o verificado em igual período do ano passado, de US$ 969 milhões, ou US$ 1,33 por ação. Em termos ajustados, o lucro passou de US$ 1,64 para US$ 1,60 por ação. A receita líquida caiu 3,31%, para US$ 6,05 bilhões. Analistas consultados pela FactSet esperavam lucro ajustado de US$ 1,57 por ação e receita de US$ 6,44 bilhões.

Em comunicado, a Corteva disse que os volumes de venda de seus agroquímicos caíram no segundo trimestre na comparação anual porque os clientes compraram demais no ano passado em meio a preocupações com a escassez de oferta. As compras reduzidas na América do Sul devido à seca também afetaram o desempenho do segundo trimestre, disse a companhia.

Na América do Norte, as vendas líquidas aumentaram 6%, para US$ 4,319 bilhões. Na América Latina, houve queda de 27%, para US$ 608 milhões. Em termos orgânicos, as vendas cresceram 6% na América do Norte e caíram 36% na América Latina.

Na divisão de produtos para proteção de lavouras, as vendas líquidas diminuíram 23% no segundo trimestre, para US$ 1,781 bilhão. Essa queda refletiu uma redução de 29% no volume de vendas e um impacto desfavorável do câmbio de 1%. Essas quedas foram parcialmente compensadas por um impacto favorável do portfólio de 4% e por um aumento de preços de 3%, disse a Corteva.

No segmento de sementes, as vendas líquidas da Corteva aumentaram 8%, para US$ 4,264 bilhões, refletindo um crescimento de 12% nos preços e um impacto favorável do portfólio de 1%. Esses fatores foram parcialmente compensados por uma redução de 3% no volume e por um impacto desfavorável de 2% do câmbio. Na América do Norte, as vendas de sementes subiram 14%, para US$ 3,696 bilhões. Na América Latina, houve aumento de 1%, para US$ 208 milhões.

A companhia reduziu seu guidance de receita líquida para todo o ano para um intervalo de US$ 17,9 bilhões a US$ 18,2 bilhões, de uma faixa entre US$ 18,6 bilhões e US$ 18,9 bilhões anteriormente.

A empresa espera penetração no mercado dos EUA de pelo menos 55%, representando 75% da sua linha, um feito notável considerando que esta tecnologia está no mercado há apenas 4 temporadas. A empresa anunciou que o milho PowerCore® Enlist® Refuge Advanced® (RA) estará disponível para plantio em 2024. Os agricultores terão a flexibilidade adicional de refúgio integrado, juntamente com uma combinação avançada de controle de pragas acima do solo e tolerância a herbicidas.

A empresa também anunciou Bexoveld™ ativo como a marca do mais novo herbicida. O ingrediente oferecerá aos produtores de cereais outra ferramenta para controlar ervas daninhas de folha larga. O Bexoveld™ ativo é uma nova molécula patenteada descoberta pela Corteva e é um herbicida de terceira geração.

A Corteva espera lançar Bexoveld™ ativo na América do Norte em 2028 e na Europa em 2030, aguardando revisões regulatórias.

A Empresa firmou também um acordo exclusivo com a BioCeres para acelerar os processos regulatórios necessários para trazer um bioinseticida de ponta para o mercado europeu. O produto é um inseticida biológico extremamente viável que pode ser tão eficaz quanto os inseticidas convencionais, com culturas-alvo, incluindo milho e outros cereais, bem como girassol e sementes de colza.

A Empresa celebrou ainda um contrato de licenciamento com a Lavie Bio, que concede à Corteva direitos exclusivos para promover

desenvolver e comercializar biofungicidas contra podridões de frutas. Esta colaboração demonstra tanto o compromisso das empresas em fornecer aos agricultores ferramentas sustentáveis ​​e ecologicamente corretas com eficácia comprovada.