A Adecoagro, uma das companhias líderes do setor agrícola na América do Sul, obteve lucro líquido de US$ 2,73 milhões no quarto trimestre do ano passado, informou a empresa, depois do fechamento do mercado financeiro. O resultado da Adecoagro representa queda de 95,4% ante o registrado em igual período de 2021, de US$ 58,75 milhões. Em termos ajustados, o lucro diminuiu 67,5%, de US$ 57,07 milhões para US$ 18,57 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em US$ 105,78 milhões, aumento de 52,2% ante o quarto trimestre de 2021. A margem Ebitda ajustado passou de 22,2% para 28,3%. As vendas líquidas aumentaram 19,3% na mesma comparação, para US$ 373,24 milhões.
No segmento de açúcar, etanol e cogeração de energia a partir de cana – seu principal negócio -, o Ebitda ajustado cresceu 55,5% ante o quarto trimestre de 2021, para US$ 101,13 milhões. Na divisão de agricultura, o Ebitda ajustado caiu 1,8% para US$ 10,29 milhões.
O volume processado de cana-de-açúcar aumentou 152% na comparação anual, para 3,156 milhões de toneladas. A produção de açúcar passou de 11,44 mil toneladas no quarto trimestre de 2021 para 184,382 mil toneladas em igual período do ano passado.
Já a produção de etanol cresceu 56,7%, para 138 milhões de litros. Do total de matéria-prima, 56% foram destinados à produção de etanol e 44%, ao açúcar. Um ano antes, o mix foi de 93% e 7%, respectivamente.
Segundo a companhia, os números refletem o impacto do clima adverso no quarto trimestre de 2021 e uma recuperação significativa dos indicadores operacionais no quarto trimestre do ano passado.
A Adecoagro concretizou a primeira venda de Cbios entre as empresas do Brasil. Cada Cbio indica uma tonelada de emissões de carbono evitadas – ou sete árvores em termos de captura de carbono. Até 2030, a expectativa é que sejam compensadas emissões de gases causadores de efeito estufa correspondentes a 5 bilhões de árvores.
Essa iniciativa foi possível por meio do programa do Governo Federal RenovaBio: lançado pelo Ministério de Minas e Energia, que tem como objetivo expandir a produção de biocombustíveis compatível com o crescimento do mercado no Brasil, com base na previsibilidade e na sustentabilidade ambiental, econômica e social.
O RenovaBio estabelece metas de descarbonização para o setor de combustíveis, para incentivar o aumento da produção e da participação de biocombustíveis na matriz energética de transportes do país.
A empresa faz parte desse momento e movimento que incentiva a utilização de biocombustíveis e a adoção de práticas e tecnologias que contribuirão para que a matriz energética fique cada vez mais limpa e sustentável.