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Líderes internacionais adotam declaração pelo avanço de países pobres

O evento realizado nesta semana em Doha, Qatar, reuniu cerca de 5 mil participantes, incluindo 47 chefes de Estado e líderes de governo.

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10 de março de 2023
Vinicius Palermo
Líderes internacionais adotam declaração pelo avanço de países pobres
A vice-secretária-geral das Nações Unidas, Amina Mohammed, esteve no fechamento da reunião de líderes.

A 5ª Conferência das Nações Unidas sobre os Países Menos Desenvolvidos foi concluída na quinta-feira com líderes adotando uma Declaração Política que celebra o Programa de Ação de Doha e reforça o comprometimento com sua implementação ao longo da próxima década.

A iniciativa foi adotada no primeiro encontro da Conferência, em março de 2022 em Nova Iorque. O evento realizado nesta semana em Doha, Qatar, reuniu cerca de 5 mil participantes, incluindo 47 chefes de Estado e de governo.

A vice-secretária-geral das Nações Unidas, Amina Mohammed, esteve no fechamento da reunião e celebrou a determinação dos países e outras partes interessadas em retomar a jornada de desenvolvimento, colocando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de volta ao alcance.

Para a vice-chefe da ONU, o Programa de Ação de Doha representa um plano claro para recuperação, renovação e resiliência nos países mais vulneráveis do mundo.

Ela avalia que isso ajudará a comunidade internacional a responder aos principais desafios enfrentados pelos países menos desenvolvidos, aumentar sua resistência às mudanças climáticas e ajudar a salvaguardar os ganhos de desenvolvimento duramente conquistados.

Ela enfatizou, no entanto, que “o sucesso não é automático”, destacando a importância de um financiamento massivo e direcionado.

É por isso que o secretário-geral pediu a reforma da arquitetura financeira internacional, juntamente com um aumento nos fundos do desenvolvimento em um valor de pelo menos US$ 500 bilhões anuais.

Amina Mohammed acredita que, se respaldado pelo financiamento necessário, o plano poderia “preparar” os países menos desenvolvidos contra alguns dos problemas que os impedem de realizar seu potencial.

Ela adiciona que as responsabilidades “não se limitam à assinatura de documentos ou à participação em conferências”, afirmando que embora o Programa de Ação de Doha se destine aos países menos desenvolvidos, é um pacto de toda a comunidade internacional.

Por meio da Declaração, os chefes de Estado e de Governo e representantes de alto nível participantes da Conferência reconheceram que, apesar de alguns resultados positivos, o progresso ficou aquém das metas e objetivos estabelecidos no Programa de Ação de Istambul para os Países Menos Desenvolvidos para a Década de 2011 –2020.

Eles expressaram preocupação porque os países menos desenvolvidos continuam marginalizados na economia mundial e comprometidos com o avanço dos resultados concretos descritos no Programa de Ação de Doha.

As medidas incluem explorar a viabilidade de um sistema de estoque, uma universidade on-line, um centro internacional de apoio ao investimento e uma instalação sustentável de apoio à graduação.

A Declaração também solicitou ao secretário-geral da ONU que assegure a plena mobilização e coordenação de todas as partes do sistema das Nações Unidas para facilitar a implementação coordenada do Programa de Ação de Doha.