Economia
Parcelamento

Juro médio no crédito livre caiu a 42,2% em outubro

O porcentual passou de 43,3% para 42,2% ao ano, informou na terça-feira, 5, o Banco Central. No décimo mês de 2022, a taxa também estava no mesmo valor, de 42,2%.

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05 de dezembro de 2023
Vinicius Palermo
Juro médio no crédito livre caiu a 42,2% em outubro
Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre cedeu, de 57,3% para 55,4% ao ano de setembro para outubro.

Em meio ao processo de queda da Selic, a taxa média de juros no crédito livre mostrou leve redução em outubro ante setembro. O porcentual passou de 43,3% para 42,2% ao ano, informou na terça-feira, 5, o Banco Central. No décimo mês de 2022, a taxa também estava no mesmo valor, de 42,2%. Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre cedeu, de 57,3% para 55,4% ao ano de setembro para outubro. No segmento de pessoas jurídicas, a taxa se manteve em 22,8% entre os dois meses.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa cedeu entre setembro e outubro, de 133,9% ao ano para 126,6% ao ano. No crédito pessoal, a taxa passou de 41,9% para 41,1% ao ano.

Desde 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Em janeiro de 2020, o BC passou a aplicar uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao mês (151,82% ao ano).

Os dados divulgados na terça pelo Banco Central mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 26,0% ao ano em setembro para 26,2% em outubro.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 30,5% ao ano em setembro para 29,7% ao ano em outubro. No décimo mês de 2022, estava em 30,1%.

Já o Indicador de Custo de Crédito (ICC) caiu 0,3 ponto porcentual em outubro ante setembro, aos 22,1% ao ano. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque.

Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.

Tema de fortes debates neste momento, o juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito caiu 9,5 pontos porcentuais de setembro para outubro. A taxa passou de 444,1% para 431,6% ao ano.

No caso do parcelado, o juro passou de 193,8% para 195,6% ao ano entre setembro e outubro. Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 101,4% para 95,7%.

A modalidade emergencial de crédito está no centro das discussões econômicas e políticas do País neste momento devido às taxas mais caras do mercado.

O Congresso definiu em lei que os juros do rotativo e do parcelado não poderão ultrapassar 100% do principal da dívida, caso os bancos não cheguem a um acordo sobre o assunto, chancelado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Além de um teto para os juros do rotativo, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, propôs no mês passado aos setores envolvidos um máximo de 12 meses para o parcelado sem juros. A autoridade monetária também citou a hipótese de alguma limitação para a tarifa de intercâmbio no cartão de crédito.