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Jornalista morre e outros ficam feridos após bombardeio de Israel

Mísseis de tanque foram lançados na fronteira entre Israel e o Líbano nesta sexta-feira, 13, atingindo repórteres que estavam trabalhando no local.

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13 de outubro de 2023
Vinicius Palermo
Jornalista morre e outros ficam feridos após bombardeio de Israel
Agências de notícias divergem no total de jornalistas atingidos. A Associated Press fala em três jornalistas. Outros veículos falam em seis profissionais.

O jornalista da agência de notícias Reuters Issam Abdallah morreu na sexta-feira, 13, após a equipe de imprensa na qual ele estava ser atingida por bombardeios no sul do Líbano, na fronteira com Israel.
Segundo a Reuters, Abdallah foi atingido enquanto transmitia ao vivo um dos bombardeios. A agência disse que iniciou uma investigação própria sobre o caso.

Mísseis de tanque foram lançados na fronteira entre Israel e o Líbano nesta sexta-feira, 13, atingindo repórteres que estavam trabalhando no local. O ataque foi feito pelas forças israelenses após a suspeita de terroristas infiltrados em um observatório que divide as cidades de Hanita, em Israel, e Aalma El-Chaeb, no Líbano. Ao todo, um jornalista foi morto e outros seis ficaram feridos.

Em um vídeo que registra o momento da explosão, uma jornalista afirmou que, após o ataque, não conseguia sentir as próprias pernas. A imagem mostra que os repórteres que estavam no local foram impactados pelos estilhaços.

Agências de notícias divergem no total de jornalistas atingidos. A Associated Press fala em três jornalistas. Outros veículos falam em seis profissionais.

Os jornalistas presentes no local eram de, pelo menos, três veículos diferentes: Associated Press, Reuters e Al-Jazeera – que informou que dois de seus repórteres foram feridos no ataque. Outros veículos não informaram quantas pessoas faziam parte de suas equipes ou se tiveram colaboradores atingidos.

De acordo com a agência de notícias Reuters, o observatório atingido pertencia ao exército libanês. Antes do ataque, militares israelenses dispararam um alerta para vilarejos próximos, avisando para que as pessoas se escondessem em casa e ficassem longe de portas e janelas.

As cidades libanesas de Alma Al-Shaab e Dhayra também foram atingidas por projéteis durante o ataque, afirmou a mídia estatal do Líbano. O conflito tem atingido a região desde o início dos ataques terroristas do Hamas, no último dia 7.

Na sexta-feira, o Itamaraty confirmou a morte de mais um brasileiro, vítima do atentado do grupo Hamas contra Israel, no dia 7 de outubro. A vítima é a carioca Karla Stelzer Mendes, de 42 anos. Com isso, já são três as vítimas brasileiras do conflito.

Karla era a última brasileira desaparecida desde quando a guerra foi deflagrada no sábado, 7. Na terça-feira, 10, o Ministério das Relações Exteriores havia confirmado a morte de outros dois brasileiros, Ranani Nidejelski Glazer e Bruna Valeanu.

Em nota, o governo brasileiro lamentou o falecimento da carioca. “Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Karla, o Governo brasileiro reitera seu total repúdio a todos os atos de violência contra a população civil”, escreveu.

Na quinta-feira, 12, o Brasil enviou a sexta aeronave da “Operação Voltando em Paz” para a repatriação de brasileiros em Israel.

O acionamento foi feito em caráter de urgência. O avião tem capacidade para 40 passageiros. A aeronave trata-se da VC-2 (Embraer 190), da presidência da República, que foi cedida para a missão.

Na madrugada de sexta, o avião pousou em Roma, na Itália, país que tem servido como escala na operação. No momento, a aeronave aguarda autorização para pousar no Egito e repatriar 28 brasileiros que estão em na Faixa de Gaza.