A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou fevereiro com alta de 0,84%, ante um avanço de 0,53% registrado em janeiro, informou na manhã desta sexta-feira, 10, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 1,37%, de acordo com o IBGE. O resultado acumulado em 12 meses foi de 5,60% até fevereiro, ante taxa de 5,77% até janeiro, também dentro das projeções dos analistas, que iam de 5,40% a 5,65%, com mediana de 5,53%.
A alta de 0,84% registrada pelo IPCA foi a menor taxa para o mês desde 2020, quando subiu 0,25%. No mês de fevereiro de 2022, o IPCA tinha sido de 1,01%. No primeiro bimestre de 2023, a taxa acumulada pela inflação ficou em 1,37%, de acordo com o IBGE.
A taxa em 12 meses passou de 5,77% em janeiro para 5,60% em fevereiro. O resultado foi o mais baixo desde fevereiro de 2021, quando estava em 5,20%. A meta de inflação para este ano perseguida pelo Banco Central é de 3,25%, que tem teto de tolerância de 4,75%.
Os gastos das famílias com Educação passaram de uma elevação de 0,36% em janeiro para 6,28% em fevereiro, o equivalente a uma contribuição de 0,35 ponto porcentual para a taxa de 0,84% do IPCA no último mês.
O avanço reflete os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. Os cursos regulares subiram 7,58%, puxados por aumentos no ensino médio (10,28%), ensino fundamental (10,06%), pré-escola (9,58%) e creche (7,20%).
O subitem ensino fundamental teve o maior impacto individual no IPCA do mês, uma contribuição de 0,15 ponto porcentual. Houve altas relevantes também no ensino superior (5,22%), cursos técnicos (4,11%) e pós-graduação (3,44%).
Na sexta-feira, o IBGE informou que a inflação geral medida pelo IPCA fechou fevereiro com alta de 0,84%, ante um avanço de 0,53% registrado em janeiro. A alta de fevereiro de 2023 foi a menor taxa para o mês desde 2020, quando subiu 0,25%. No mês de fevereiro de 2022, o IPCA tinha sido de 1,01%.
Os preços do grupo Alimentação e Bebidas aumentaram 0,16% em fevereiro, após alta de 0,59% em janeiro. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,04 ponto porcentual para o IPCA, que subiu 0,84% no mês.
Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve alta de 0,04% em fevereiro, após ter avançado 0,6% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,5%, ante alta de 0,57% em janeiro.
As famílias brasileiras gastaram 0,82% a mais com habitação em fevereiro, uma contribuição de 0,13 ponto porcentual para a taxa de 0,84% registrada pelo IPCA no mês. A alta foi puxada pelo aumento de 1,37% na energia elétrica residencial, que resultou numa contribuição de 0,05 ponto porcentual para o IPCA no mês.
As variações na conta de luz se estenderam desde um recuo de 2,04% em Rio Branco, onde houve redução de PIS/Cofins, até uma elevação de 6,98% em Belo Horizonte, onde as tarifas de uso dos sistemas de transmissão (TUST) e distribuição (TUSD) foram incluídas novamente na base de cálculo do ICMS, assim como ocorreu em outras áreas, como Curitiba e Vitória.
Segundo Pedro Kislanov, gerente do Sistema de Índices de Preços do IBGE, o instituto tem acompanhado há algum tempo essa volta das tarifas de uso dos sistemas de transmissão (TUST) e distribuição (TUSD) na base de cálculo do ICMS, independentemente de decisão judicial.
“Isso progressivamente foi sendo adotado pelas áreas, em algumas áreas ocorreu no mês de fevereiro”, explicou. “Vamos acompanhando tudo, tanto as decisões judiciais e, principalmente, quanto é cobrado efetivamente dos consumidores”, completou.
O aluguel residencial teve uma alta de 0,88% em fevereiro, 0,03 ponto porcentual de impacto no IPCA. A taxa de água e esgoto subiu 0,87%, devido a reajustes em Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Campo Grande e Brasília.
O gás encanado aumentou 1,04%, devido ao reajuste das tarifas e mudança na forma de cobrança em Curitiba. Os gastos das famílias com Saúde e Cuidados Pessoais passaram de uma elevação de 0,16% em janeiro para 1,26% em fevereiro, o equivalente a uma contribuição de 0,16 ponto porcentual para a taxa de 0,84% do IPCA no último mês. O resultado foi puxado pela alta de 2,80% dos itens de higiene pessoal.
Os perfumes subiram 7,50%, contribuindo com 0,08 ponto porcentual para a inflação de fevereiro. Os produtos para pele aumentaram 4,54%, impacto de 0,02 ponto porcentual no IPCA. O plano de saúde subiu 1,20%, com a incorporação das frações mensais dos planos novos e antigos, referentes ao ciclo de 2022-2023.