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IPCA-15 subiu para 0,76% em fevereiro

Com o resultado agora anunciado, o IPCA-15 registrou um aumento de 1,31% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 5,63%.

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24 de fevereiro de 2023
Vinicius Palermo
IPCA-15 subiu para 0,76% em fevereiro
Os dados do IPCA-15 mostram que em fevereiro os gastos das famílias brasileiras com Educação passaram de uma alta de 0,36% em janeiro para uma elevação de 6,41%. Crédito: Sumaia Vilela / Agência Brasil.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) subiu 0,76% em fevereiro, após ter avançado 0,55% em janeiro, informou na manhã de sexta-feira, 24, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do IPCA-15 ficou acima da mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro, de 0,72%, num intervalo de 0,54% a 0,84%.

Com o resultado agora anunciado, o IPCA-15 registrou um aumento de 1,31% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 5,63%, de acordo com o IBGE. Este resultado também superou a mediana das projeções. O intervalo ia de avanço de 5,40% a 5,72%, com mediana de 5,58%.

A alta foi a mais elevada desde abril de 2022, quando houve avanço de 1,73%. Em janeiro de 2023, o indicador havia apresentado variação positiva de 0,55%. No mês de fevereiro de 2022, o IPCA-15 havia subido um pouco mais: 0,99%.

Em contrapartida, o resultado do segundo mês de 2023 fez a taxa acumulada em 12 meses desacelerar ao menor nível desde março de 2021, quando era de 5,52%.

A taxa do IPCA-15 acumulada em 12 meses desacelerou de 5,87% em janeiro para 5,63% em fevereiro. Este resultado também superou a mediana das projeções. O intervalo ia de avanço de 5,40% a 5,72%, com mediana de 5,58%. No primeiro bimestre de 2023, o IPCA-15 acumulou alta de 1,31%.

Em fevereiro, os gastos das famílias brasileiras com Educação passaram de uma alta de 0,36% em janeiro para uma elevação de 6,41%, o que gerou uma contribuição positiva de 0,36 ponto porcentual para o IPCA-15 deste mês, informou o IBGE.

Em Educação, a maior contribuição partiu dos cursos regulares, que aumentaram 7,64%, devido aos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo.

Houve elevação nos gastos com o ensino médio (10,29%), ensino fundamental (10,04%), pré-escola (9,58%) e creche (7,28%). As famílias também pagaram mais pelo ensino superior (5,33%), curso técnico (4,50%) e pós-graduação (3,47%).

A queda nos preços de proteínas como as carnes e o frango ajudou a desacelerar o ritmo de aumento da alimentação na passagem de janeiro para fevereiro. O grupo Alimentação e Bebidas passou de uma alta de 0,55% em janeiro para uma elevação de 0,39% em fevereiro.

O grupo Alimentação e Bebidas deu uma contribuição de 0,08 ponto porcentual para a taxa de 0,76% do IPCA-15 deste mês. A alimentação no domicílio subiu 0,38%, devido às altas da cenoura (24,25%), hortaliças e verduras (8,71%), leite longa vida (3,63%), arroz (2,75%) e frutas (2,33%).

Por outro lado, caíram os preços da cebola (-19,11%), tomate (-4,56%), frango em pedaços (-1,98%) e carnes (-0,87%). A alimentação fora do domicílio subiu 0,40%. O lanche teve alta de 0,78%, e a refeição fora de casa aumentou 0,16%.

A queda de 9,45% nos preços das passagens aéreas desacelerou o ritmo de alta no gasto das famílias com transportes em fevereiro. O grupo Transportes passou de uma alta de 0,17% em janeiro para uma elevação de 0,08% em fevereiro.

O grupo foi responsável por 0,02 ponto porcentual para a formação da taxa de 0,76% registrada pelo IPCA-15 neste mês. Os combustíveis recuaram 0,28% em fevereiro, com reduções de preços em todos eles: etanol (-1,65%), gás veicular (-1,59%), óleo diesel (-0,59%) e gasolina (-0,04%).

O emplacamento e licença subiu 1,62%, incorporando a fração mensal do IPVA de 2023. Os ônibus urbanos tiveram alta de 0,99%, devido ao aumento de 6,17% nas passagens do Rio de Janeiro desde 7 de janeiro.

O trem aumentou 1,34%, em função de um reajuste ocorrido na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde as tarifas para a população em geral foram reajustadas em 48% a partir de 9 de fevereiro.

Os táxis aumentaram 2,11%, em função dos reajustes de 16,74% em Salvador em vigor desde 30 de dezembro e de 8,88% no Rio de Janeiro a partir de 1º de janeiro.