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Preços

IPCA-15 registrou aumento de 0,51% em maio

A mediana das projeções do IPCA deste mês de maio apontava para alta de 0,65%, com previsões que iam de 0,48% a 0,72%.

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25 de maio de 2023
Vinicius Palermo
IPCA-15 registrou aumento de 0,51% em maio
A taxa do IPCA-15 em 12 meses ficou em 4,07%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,51% em maio, após ter subido 0,57% em abril, informou na manhã de quinta-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo das estimativas dos analistas do mercado financeiro.

A mediana das projeções apontava para alta de 0,65%, com previsões que iam de 0,48% a 0,72%. Com o resultado agora anunciado pelo IBGE, o IPCA-15 acumulou um aumento de 3,12% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 4,07%. As projeções iam de avanço de 4,00% a 4,29%, com mediana de 4,21%.

Sete dos nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15 registraram altas de preços em maio. As quedas ocorreram em Transportes (-0,04%, impacto de -0,01 ponto porcentual) e Artigos de Residência (-0,28%, impacto de -0,01 ponto porcentual).

Em Artigos de Residência, os itens de TV, som e informática caíram 1,44%, influenciados pela redução de preços dos televisores (-2,21%). Já os eletrodomésticos e equipamentos recuaram 0,92%, puxados pelas quedas do refrigerador (-1,37%) e da máquina de lavar roupa (-1,09%).

Os grupos com aumentos foram Vestuário (0,35%, impacto de 0,02 p p.), Habitação (0,43%, impacto de 0,07 p.p.), Educação (0,07%, impacto de 0,00 p.p.), Despesas Pessoais (0,40%, impacto de 0,04 p.p.), Saúde e Cuidados Pessoais (1,49%, impacto de 0,20 p.p.), Comunicação (0,02%, impacto de 0,00 p.p.) e Alimentação e Bebidas (0,94%, impacto de 0,20 p.p.).

O resultado geral do IPCA-15 em maio foi decorrente de altas de preços em todas as 11 regiões pesquisadas. A taxa mais branda ocorreu em Recife (0,19%), enquanto a mais acentuada foi registrada em Belo Horizonte (0,90%).

O grupo Alimentação e Bebidas passou de uma alta de 0,04% em abril para uma elevação de 0,94% em maio e deu uma contribuição de 0,20 ponto porcentual para a taxa de 0,51% do IPCA-15 deste mês.
A alimentação no domicílio ficou 1,02% mais cara em maio. Os destaques foram as altas nos preços do tomate (18,82%), batata-inglesa (6,60%), leite longa vida (6,03%) e queijo (2,42%).

O leite e o tomate figuraram no topo do ranking de maiores pressões sobre a inflação do mês, contribuindo, cada um, com 0,05 ponto porcentual para o IPCA-15 de maio.

Por outro lado, houve quedas no óleo de soja (-4,13%) e nas frutas (-1,52%). A redução de 0,40% nos preços das carnes também impediu uma aceleração maior no ritmo de aumento dos gastos das famílias com alimentação em maio.

As carnes já acumulam uma queda de 3,47% de janeiro a maio deste ano. A alimentação fora do domicílio subiu 0,73% em maio. O lanche aumentou 1,08%, e a refeição fora de casa teve elevação de 0,46%

Os gastos das famílias brasileiras com Saúde e Cuidados Pessoais passaram de uma elevação de 1,04% em abril para uma alta de 1,49% em maio, uma contribuição positiva de 0,20 ponto porcentual para o IPCA-15 deste mês.

A maior pressão partiu do aumento de 2,68% nos produtos farmacêuticos, após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, a partir de 31 de março. O subgrupo deu uma contribuição de 0,09 ponto porcentual para o IPCA-15.

O plano de saúde aumentou 1,20% em maio, ainda incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023. O item figura no topo de maiores impactos no IPCA-15 do mês, 0,05 ponto porcentual, ao lado do leite longa vida e do tomate. Os itens de higiene pessoal subiram 1,38% em maio, influenciados principalmente pelos perfumes (2,21%).