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Desaceleração

IPCA-15 registrou aumento de 0,13% em setembro

O IPCA-15 registrou um aumento de 3,15% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 4,12%, ante taxa de 4,35% até agosto.

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25 de setembro de 2024
Vinicius Palermo
IPCA-15 registrou aumento de 0,13% em setembro
Os preços de Alimentação e bebidas aumentaram 0,05% em setembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) subiu 0,13% em setembro, após ter avançado 0,19% em agosto, informou na quarta-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o resultado agora anunciado, o IPCA-15 registrou um aumento de 3,15% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 4,12%, ante taxa de 4,35% até agosto.

Os preços de Alimentação e bebidas aumentaram 0,05% em setembro, após queda de 0,80% em agosto. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,01 ponto porcentual para o IPCA-15.

Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,01% em setembro, após ter recuado 1,30% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,22%, ante alta de 0,49% em agosto.

Os preços de Transportes caíram 0,08% em setembro, após alta de 0,83% em agosto. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,02 ponto porcentual para o IPCA-15, que subiu 0,13% no mês.

Os preços de combustíveis tiveram queda de 0,64% em setembro, após avanço de 3,47% no mês anterior. A gasolina caiu 0,66%, após ter registrado alta de 3,33% em agosto, enquanto o etanol recuou 1,22% nesta leitura, após alta de 5,81% na última.

A alta de 0,13% registrada em setembro pelo IPCA-15 foi a mais branda desde julho de 2023, quando havia recuado 0,07%. Considerando apenas meses de setembro, o resultado foi o mais baixo desde 2022, quando houve queda de 0,37%.

O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses arrefecer pelo segundo mês consecutivo. Em setembro de 2023, o IPCA-15 tinha registrado alta de 0,35%. Como resultado, a taxa do IPCA-15 acumulada em 12 meses passou de 4,35% em agosto de 2024 para 4,12% em setembro de 2024.

Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 0,18% em agosto para um aumento de 0,50% em setembro, uma contribuição positiva de 0,08 ponto porcentual para o IPCA-15 deste mês.

A energia elétrica residencial passou de um recuo de 0,42% em agosto para uma alta de 0,84% em setembro. O movimento foi impulsionado pela entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar 1, a partir de 1º de setembro. Além disso, houve redução de 2,75% na tarifa em Belém a partir de 7 de agosto e reajuste médio de 0,06% em uma das concessionárias de Porto Alegre em 19 de agosto.
A energia elétrica liderou o ranking de pressões sobre o IPCA-15 de setembro, com uma contribuição de 0,03 ponto porcentual.

Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto subiu 0,38%. Houve reajustes tarifários em São Paulo, redução média de 0,61% a partir de 23 de julho; de 5,81% em Salvador a partir de 1º de agosto; e de 8,05% em Fortaleza em 5 de agosto.

O gás encanado aumentou 0,19%, em decorrência do reajuste de 2,77% no Rio de Janeiro a partir de 1º de agosto e da mudança na estrutura das faixas de consumo nas faturas em Curitiba também a partir de 1º de agosto.

Os gastos das famílias brasileiras com Saúde e cuidados pessoais passaram de uma elevação de 0,27% em agosto para uma alta de 0,32% em setembro, uma contribuição positiva de 0,04 ponto porcentual para o IPCA-15 deste mês.

O avanço nos gastos com saúde foi pressionado pela alta de 0,58% nos planos de saúde. O subitem exerceu a quarta maior pressão individual sobre a inflação do mês, uma contribuição de 0,02 ponto porcentual para o IPCA-15.