Economia
Alimentação cai

IPCA-15 em 12 meses desacelera para menor nível desde outubro de 2020

O resultado de abril de 2023 do IPCA-15 fez também a taxa acumulada em 12 meses desacelerar ao menor nível desde outubro de 2020.

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26 de abril de 2023
Vinicius Palermo
IPCA-15 em 12 meses desacelera para menor nível desde outubro de 2020
Entre os componentes do grupo de alimentação no IPCA-15, a alimentação no domicílio teve queda de 0,15% em abril

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) subiu 0,57% em abril, após ter avançado 0,69% em março. Segundo divulgação realizada na quarta-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta registrada foi a mais branda para o mês desde 2020, quando houve redução de 0,01%. No mês de abril de 2022, o IPCA-15 tinha subido 1,73%.

O resultado de abril de 2023 fez também a taxa acumulada em 12 meses desacelerar ao menor nível desde outubro de 2020, quando era de 3,52%. A taxa do IPCA-15 acumulada em 12 meses passou de 5,36%, em março, para 4,16% em abril.

Com o resultado mensal anunciado pelo IBGE na quarta-feira, o IPCA-15 registrou um aumento de 2,59% no acumulado do ano. Os preços de Alimentação e bebidas aumentaram 0,04% em abril, após alta de 0,2% em março. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,01 ponto porcentual para o IPCA-15.

Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,15% em abril, após ter avançado 0,02% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,55%, ante alta de 0,68% em março.

Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma alta de 0,81% em março para uma elevação de 0,48% em abril, uma contribuição positiva de 0,07 ponto porcentual para o IPCA-15.
O destaque no grupo foi a energia elétrica residencial, com alta de 0,84% e contribuição de 0,03 ponto porcentual para a inflação do mês.

As variações na conta de luz entre as áreas investigadas se estenderam desde uma queda de 1,36% em Porto Alegre a uma alta de 7,18% no Rio de Janeiro, onde foram aplicados reajustes de 7,49% e 6,00% pelas duas concessionárias pesquisadas a partir de 15 de março. Ainda em habitação, o aluguel residencial subiu 0,53% em abril.

Os preços de Transportes subiram 1,44% em abril, após alta de 1,5% em março. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,29 ponto porcentual para o IPCA-15, que subiu 0,57% no mês ante 0,69% em março.

Os preços de combustíveis tiveram alta de 2,84% em abril, após avanço de 4,67% no mês anterior. A gasolina subiu 3,47%, após ter registrado alta de 5,76% em março, enquanto o etanol avançou 1,1% nesta leitura, após alta de 1,96% na última.

A alta de 11,96% nos preços das passagens aéreas ajudou a manter elevados os aumentos de custos das famílias com transportes em abril, junto com os aumentos na gasolina e no etanol. O ônibus urbano subiu 0,94%, devido a reajustes nas passagens em Fortaleza e em Curitiba.

O metrô aumentou 0,16%, assimilando pequena parte do reajuste de 6,15% nas tarifas do Rio de Janeiro a partir de 12 de abril. O táxi teve alta de 0,07%, em consequência da apropriação residual do reajuste em Belo Horizonte desde 13 de fevereiro.

Os gastos das famílias brasileiras com Saúde e cuidados pessoais passaram de uma elevação de 1,18% em março para uma alta de 1,04% em abril, uma contribuição positiva de 0,14 ponto porcentual para o IPCA-15 deste mês.

A maior pressão partiu do aumento de 1,86% nos produtos farmacêuticos, após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, a partir de 31 de março. O item deu uma contribuição de 0,06 ponto porcentual para o IPCA-15.

Os itens de higiene pessoal desaceleraram o ritmo de aumentos de 2,36% em março para 0,35% em abril, influenciados pela queda de 1,99% nos perfumes neste mês. O plano de saúde aumentou 1,20% em abril, ainda incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.