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Ibovespa emenda segundo ganho e recupera nível dos 119 mil pontos

O índice oscilou entre mínima de 117.668,13 e máxima de 119.739,09 pontos, fechando em alta de 1,36%, aos 119.263,89 pontos.

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14 de julho de 2023
Vinicius Palermo
Ibovespa emenda segundo ganho e recupera nível dos 119 mil pontos
Desde 14 e 15 de junho, a referência da B3 não conseguia emendar dois ganhos diários.

O Ibovespa evitou perdas pela segunda sessão, nesta quinta-feira, 13, decididamente no campo positivo sem esmorecer no fechamento, aos 119 mil pontos – diferentemente de quarta-feira, quando perdeu força e quase entregou o sinal positivo no fim do dia.

Nesta quinta-feira, andando à frente de Nova York na maior parte da sessão, oscilou entre mínima de 117.668,13 e máxima de 119.739,09 pontos, fechando em alta de 1,36%, aos 119.263,89 pontos, no maior nível desde o último dia 5. Desde 14 e 15 de junho, a referência da B3 não conseguia emendar dois ganhos diários.

Com o desempenho desta quinta-feira, o Ibovespa volta a subir no mês (+1,00%), revertendo também ao positivo na semana (+0,31%) – no ano, avança 8,68%. Após o reforço proporcionado pelo vencimento de opções sobre o índice, ontem, o giro financeiro encolheu hoje, a R$ 20,7 bilhões.

“Alta forte do Ibovespa, mantendo a recuperação desde o fim de março, em velocidade rápida desde os 98 mil até a região dos 120 mil pontos, ficando meio de lado nas últimas três semanas. Quando há retomada intensa, sem correção, mostra resiliência.

O ambiente macro ainda é de compressão de risco, o que se vê desde o arcabouço fiscal e, depois, com a queda da inflação – agora, com a reforma tributária aprovada na Câmara -, o que ampara a visão de que o Copom inicie o corte de juros”, diz Felipe Moura, analista e sócio da Finacap Investimentos.

Lá fora, o destaque do dia foi o câmbio, com a moeda americana em baixa ante referências como euro, iene e libra, do índice DXY, refletindo a expectativa de que o Federal Reserve tem pela frente apenas mais um aumento de juros, de 25 pontos-base, na reunião do fim de julho. O otimismo desde o exterior decorreu da leitura desta manhã sobre o índice de preços ao produtor (PPI) nos Estados Unidos, que corroborou a visão do mercado sobre a inflação ao consumidor, em arrefecimento significativo no acumulado em 12 meses, em junho.

Com isso, o índice DXY operou abaixo dos 100,00 pontos nesta quinta-feira, o que não se via desde abril de 2022, observa Gabriela Sporch, analista da Toro Investimentos. “Olhando um pouco mais para o gráfico mensal, esses patamares são de início da pandemia, ali por 2020”, acrescenta. “Essa região abaixo de 100 para o DXY é bem importante para o mercado, com o dólar mostrando forte desaceleração ante essa cesta de moedas”, na expectativa por menos rigor do Fed na condução da política monetária americana, logo à frente.

A acomodação do dólar contribuiu para que os futuros mais líquidos do petróleo fechassem hoje em alta pelo terceiro pregão seguido, com o Brent no maior nível desde abril de 2023. Em outro desdobramento favorável às ações de commodities, o minério subiu hoje 1,59% em Dalian, China. Assim, Vale (ON +2,33%) e Petrobras (ON +1,46%, PN +1,58%) se alinharam aos ganhos vistos nas ações de maior peso no Ibovespa, como as de grandes bancos, com destaque para Bradesco (ON +2,03%, PN +2,48%). Na ponta do índice, Cyrela (+8,69%), Usiminas (+4,49%) e 3R Petroleum (+4,17%), com Petz (-5,12%), Gol (-3,21%) e Carrefour Brasil (-3,14%) no lado oposto.

Assim, o índice de materiais básicos (IMAT), exposto a commodities, subiu hoje 1,50%, em avanço bem mais significativo do que o leve ganho de 0,23% para o de consumo (ICON), índice correlacionado ao ciclo doméstico.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) avalia que, apesar dos efeitos da política monetária restritiva do G20 estarem aparecendo, e de a inflação estar diminuindo, a pressão dos preços continua alta e os esforços desinflacionários provavelmente levarão tempo. Dessa forma, a prioridade da política monetária deve ser trazer a inflação de volta à meta e manter as expectativas ancoradas, acrescenta o FMI.

Nos Estados Unidos, a presidente da distrital do Federal Reserve (Fed) em São Francisco, Mary Daly, afirmou nesta quinta-feira que ainda é “razoável” esperar mais duas altas de juros este ano Em entrevista à CNBC, a dirigente defendeu que seria prematuro declarar vitória contra a inflação nos Estados Unidos, apesar da desaceleração do índice de preços ao consumidor (CPI).

Dólar

O dólar à vista recuou 0,57% em relação ao real nesta quinta-feira, 13, quando encerrou a sessão cotado em R$ 4,7903 – abaixo da linha de R$ 4,80 no fechamento pela primeira vez em julho. O movimento foi puxado por mais um dado de inflação abaixo do esperado nos Estados Unidos, que reforçou a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) encerre seu ciclo de aperto monetário após uma alta de 25 pontos-base dos juros no próximo dia 26.

Com isso, o dia foi marcado por uma nova rodada de enfraquecimento global da moeda americana, que levou o índice DXY para baixo do nível psicológico de 100 pontos pela primeira vez desde abril do ano passado. Diante de ganhos do petróleo entre 1,50% (WTI) e 1,56% (Brent), o dólar mostrou perdas em relação aos principais pares emergentes do real e exportadores de commodities, como peso mexicano (-0,33%) e dólar australiano (-1,49%).

Aqui, em meio à agenda doméstica fraca, a divisa recuou na maior parte da sessão, exceto por altas pontuais no início da tarde e da manhã, quando foi à máxima de R$ 4,8273 (+0,19%). Na mínima, caiu até R$ 4,7873 (-0,64%). No horário de fechamento do mercado à vista, o contrato futuro de dólar para agosto recuava 0,62%, a R$ 4,8050, após variar entre mínima de R$ 4,8025 e máxima de R$ 4,8435. O giro financeiro foi de US$ 11,5 bilhões.

O enfraquecimento do dólar seguiu o alívio do índice de preços ao produtor (PPI) americano, de 1,1% em maio para 0,1% em junho na comparação interanual, abaixo do esperado pelo mercado (0,4%) Na sequência da alta também aquém das expectativas do índice de preços ao consumidor (CPI) no mês, o dado reforçou a avaliação de que a desinflação no país está em curso e pode dar conforto para que o Fed encerre em breve o ciclo de aperto.

Juros

Os juros futuros fecharam a quinta-feira, 23, em alta. O mercado não compartilhou do bom desempenho visto nos demais segmentos, com as taxas operando para cima majoritariamente na sessão e, nos melhores momentos, chegando no máximo à estabilidade. Nem mesmo o forte recuo nos rendimentos dos Treasuries foi capaz de trazer a curva para baixo, mas contribuiu para controlar a pressão.

A explicação passa por questões técnicas e também pelo pouco apelo do noticiário relativo às reformas e agenda esvaziada no Brasil. O leilão de prefixados foi volumoso, bem aceito pelo mercado e com taxas, na maioria, abaixo do consenso.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou em 12,84% (máxima), de 12,831% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 em 10,85%, também na máxima, de 10,77% ontem. A do DI para janeiro de 2027 subiu a 10,21%, de 10,10%, e a do DI para janeiro de 2029 avançou de 10,41% para 10,51%.

O descolamento dos juros em relação a seus pares já chamava a atenção pela manhã, quando os demais ativos tinham reação positiva ao índice de preços ao produtos (PPI, em inglês) nos Estados Unidos. A inflação no atacado em junho veio abaixo do consenso das estimativas e, juntamente com o alívio visto ontem na inflação ao consumidor, reforçou a percepção de que o Federal Reserve pode optar por encerrar o ciclo de aperto monetário com apenas mais uma elevação nos Fed Funds.

Outra questão no radar, diz, é a possibilidade de o governo lançar um programa de desoneração para linha branca. O mercado aguarda os detalhes sobre o eventual pacote, especialmente sobre como será a recomposição de receitas, crucial para as aspirações do arcabouço fiscal.

O Tesouro Nacional foi bem sucedido nas ofertas de prefixados, com os lotes de 7 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN) e de 3 milhões de Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F) sendo integralmente absorvidos. De acordo com a Necton Investimentos, todas as taxas ficaram abaixo do consenso, à exceção da NTN-F 2033, negociada dentro do consenso de mercado.

O resultado, na avaliação estrategista de renda fixa da instituição, Fernando Ferez, mostra que o ritmo da rolagem segue alto. Pelo ritmo atual de emissão seria o equivalente a rolar 108% da dívida, o mesmo porcentual da semana passada e acima do de quatro semanas (103%).

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