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O HSBC teve prejuízo líquido de US$ 153 milhões no quarto trimestre de 2023, que contrasta fortemente com o lucro US$ 4,38 bilhões apurado em igual período de 2022, segundo balanço divulgado na quarta-feira (21). O banco britânico atribuiu seu fraco desempenho a baixas contábeis de US$ 3 bilhões referentes a investimentos no Bank of Communications.
O resultado frustrou a expectativa de analistas, que previam lucro de US$ 2,8 bilhões entre outubro e dezembro, segundo consenso da Visible Alpha.
O lucro antes de impostos, medida de rentabilidade preferida do HSBC, despencou na mesma comparação, de US$ 5,05 bilhões para US$ 977 milhões, vindo abaixo da projeção do mercado, de US$ 4,55 bilhões.
A receita com juros do HSBC também decepcionou: caiu para US$ 8,28 bilhões no quarto trimestre, ante US$ 8,99 bilhões um ano antes, ficando também abaixo do consenso, de US$ 9,03 bilhões.
O HSBC, que tem sede em Londres, mas foca o mercado asiático, também informou que planeja recomprar até US$ 2 bilhões em ações antes de divulgar resultados do primeiro trimestre de 2024.
Noel Quinn, CEO do Grupo, disse que o desempenho recorde de lucro em 2023 permitiu recompensar os acionistas com maior dividendo anual desde 2008, três recompras de ações no ano passado, totalizando US$ 7 bilhões, e uma nova recompra de ações de até US$ 2 bilhões. “Isto reflectiu quatro anos de trabalho árduo e a solidez do nosso balanço num ambiente de taxas de juro mais elevadas.”
Ele afirmou que o banco tem expectativa de forte crescimento diante das oportunidades que existem nos mercados nacionais e nos negócios internacionais de atacado, transações bancárias líderes de mercado e gestão de patrimônio. “Estamos focados em capturar essas oportunidades de crescimento, melhorando a sustentabilidade dos nossos lucros e visando retornos na metade de 2024.”
O lucro antes de impostos aumentou em 13,3 milhões de dólares, para 30,3 mil milhões de dólares, reflectindo principalmente o crescimento das receitas. Isto incluiu um impacto anual favorável de 2,5 milhões de dólares relativo à venda das operações bancárias na França, concluída em janeiro de 2024, e um ganho provisório de 1,6 milhões de dólares reconhecido na aquisição do Silicon Valley Bank UK Limited (‘ SVB UK’) em 2023.
Estes foram parcialmente compensados pelo reconhecimento de uma despesa em 2023 de 3,0 milhões de dólares relativos ao investimento na associada, Bank of Communications Co., Limited (‘BoCom’), que se seguiu à reavaliação do valor em uso contábil.
Numa base de moeda constante, o lucro antes de impostos aumentou em 13,8 milhões de dólares, para 30,3 milhões de dólares. O lucro após impostos aumentou em US$ 8,3 bilhões, para US$ 24,6 bilhões.
As receitas aumentaram 15,4 milhões de dólares, ou 30%, para 66,1 mil milhões de dólares, incluindo um crescimento no rendimento líquido de juros (NII) de 5,4 milhões de dólares, com aumentos em todos os negócios globais devido ao ambiente de taxas de juro mais elevadas.
Os rendimentos não decorrentes de juros aumentaram em 10,0 milhões de dólares, reflectindo um aumento nos rendimentos de negociação e de justo valor de 6,4 milhões de dólares, principalmente na Banca Global e nos Mercados.
Os custos de financiamento associados cresceram em 6,2 milhões de dólares. O aumento também incluiu o impacto das transações estratégicas, parcialmente compensadas por perdas de alienação de 1,0 milhão de dólares relacionadas com atividades de reposicionamento e gestão de risco na carteira.
A margem financeira líquida (‘NIM’) de 1,66% aumentou 24 pontos base (‘bps’), refletindo taxas de juro mais elevadas.
As perdas de crédito esperadas e outros encargos de imparidade de crédito (“ECL”) foram de 3,4 mil milhões de dólares, uma redução de 0,1 mil milhões de dólares. O encargo líquido em 2023 compreendia principalmente encargos da fase 3, nomeadamente relacionados com exposições ao setor imobiliário comercial da China continental.
Refletiu também a continuação da incerteza económica, o aumento das taxas de juro e as pressões inflacionistas. As perdas de crédito esperadas foram de 33 pontos base da média dos empréstimos brutos, incluindo uma redução de 3 pontos base devido à inclusão de empréstimos e adiantamentos classificados como detidos para venda.
As despesas operacionais caíram em US$ 0,6 bilhão ou 2%, para US$ 32,1 bilhões, principalmente devido à não recorrência de reestruturação e outros custos relacionados após a conclusão de nosso programa de custo para alcançar no final de 2022. Isso mais do que compensou custos de tecnologia mais elevados, custos inflacionários pressões e um aumento nos salários relacionados com o desempenho. Também incorremos numa taxa bancária mais elevada no Reino Unido e numa taxa relativa à avaliação especial da Federal Deposit Insurance Corporation (‘FDIC’) nos EUA.
As despesas operacionais com base na meta aumentaram 6%. Isto é medido numa base de moeda constante, excluindo itens notáveis e o impacto da aquisição do SVB UK e investimentos relacionados a nível internacional. Também exclui o impacto da retradução dos resultados do ano anterior de economias hiperinflacionárias em moeda constante.
