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O secretário-geral da ONU, António Guterres, chegou a Bagdá, no Iraque, para uma visita oficial, a primeira em seis anos.
Após encontro com o primeiro-ministro, Mohammed S. Al-Sudani, Guterres falou a jornalistas e expressou sua solidariedade ao povo, que enfrenta anos de crise. Ele adicionou que as Nações Unidas estão empenhadas em apoiar a consolidação das instituições democráticas iraquianas.
O chefe da ONU disse que existe uma janela de oportunidade para progredir com a resolução dos desafios de longo prazo, e de combater temas como opressão, guerra, terrorismo, intolerância e interferência estrangeira.
Há 20 anos, em março de 2003, os Estados Unidos entraram no Iraque, após os ataques terroristas de 11 de setembro, e ali permaneceram até 2011.
Guterres demonstrou esperança com a formação do novo governo e sua agenda de reformas. Ele elogiou o primeiro-ministro no enfrentamento da corrupção, melhoria dos serviços públicos e diversificação da economia para reduzir o desemprego especialmente entre os jovens.
Guterres lembrou que os rios Tigre e Eufrates estão secando e impactando a agricultura. Ele diz sentir muito pelos agricultores forçados a abandonar terras onde as plantações foram cultivadas por milhares de anos.
O Iraque é um dos países mais atingidos pelas mudanças climáticas, que levaram ao deslocamento, ameaçaram a segurança alimentar, destruíram meios de subsistência, alimentaram conflitos e prejudicaram os direitos humanos.
Guterres também comentou sobre sua “enorme admiração” pelo povo iraquiano, destacando que ele havia testemunhado a coragem dos deslocados dentro do país várias vezes, em visitas anteriores.
O secretário-geral da ONU também destacou como os refugiados iraquianos na Jordânia e na Síria mostram que são capazes de “viver em solidariedade uns com os outros”, dando esperança ao futuro do país.
Para Guterres, os esforços empregados pelo Iraque para repatriar seus cidadãos do nordeste da Síria, inclusive do violento campo de refugiados Al Hol, foram “exemplares”.
Ele também comentou sobre o compromisso do primeiro-ministro em permitir o retorno seguro e digno dos yazidis às suas casas. no norte do Iraque, depois de sofrer genocídio nas mãos do grupo terrorista Daesh em 2014.
