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O Grupo BASF demonstrou resiliência no ano passado em um ambiente de mercado desafiador, dominado pelas consequências da guerra na Ucrânia e, em particular, pelo aumento dos preços das matérias-primas e da energia. A BASF aumentou as vendas em 11,1% para € 87,3 bilhões.
O crescimento das vendas da Basf foi impulsionado principalmente por preços mais altos em quase todos os segmentos devido a um aumento nos preços de matérias-primas e energia. Os segmentos de Materiais e Químicos implementaram os maiores aumentos de preços.
Volumes significativamente mais baixos em geral diminuíram o crescimento das vendas da companhia. O desenvolvimento foi impulsionado principalmente por volumes de vendas mais baixos nos segmentos de tecnologias de superfície e produtos químicos.
Com € 6,9 bilhões, o lucro operacional (EBIT) antes dos itens especiais ficou 11,5% abaixo do valor do ano anterior, mas dentro do intervalo previsto. A queda dos lucros da Basf foi atribuída a um forte declínio nas contribuições dos segmentos de Produtos Químicos e Materiais. Ambos os setores registraram margens e volumes mais baixos, bem como custos fixos mais altos.
Por outro lado, o EBIT antes dos itens extraordinários aumentou em todos os outros segmentos. O segmento de Soluções Agrícolas aumentou consideravelmente o EBIT antes dos itens especiais, principalmente como resultado do desempenho positivo das vendas devido aos aumentos de volumes e preços.
O segmento de Nutrition & Care também obteve um aumento considerável, principalmente devido ao crescimento da margem impulsionado pelo preço. O segmento de Tecnologias de Superfície registrou ganhos consideravelmente mais altos, especialmente devido ao aumento das contribuições dos lucros dos negócios de catalisadores automotivos e materiais para baterias.
Preços e volumes mais altos na divisão de Tintas apoiaram ainda mais o desempenho dos ganhos do segmento. O segmento de Soluções Industriais aumentou ligeiramente o EBIT antes de itens especiais como resultado do crescimento da margem impulsionado pelo preço. O EBIT antes dos itens especiais atribuíveis a Outros melhorou ligeiramente.
Em 2022, os ganhos operacionais do Grupo BASF foram sobrecarregados por custos adicionais de energia de € 3,2 bilhões globalmente. A Europa foi responsável por cerca de 84% desse aumento, que afetou principalmente o local da Verbund em Ludwigshafen. Os custos mais altos do gás natural representaram 69% do aumento geral nos custos de energia globalmente.
Os itens especiais no EBIT totalizaram € 330 milhões negativos em 2022, em comparação com € 91 milhões negativos no ano anterior. Com € 6,5 bilhões, o EBIT para o Grupo BASF em 2022 foi consideravelmente menor do que no ano anterior. Este valor inclui os resultados de empresas integrais contabilizados pelo método de equivalência patrimonial, que diminuíram 289 milhões de euros para 386 milhões de euros.
As imparidades excepcionalmente altas na participação acionária na Wintershall Dea AG também afetaram negativamente o lucro líquido das participações acionárias do Grupo BASF. Em 2022, o lucro líquido de participações foi de menos € 4,9 bilhões, após € 207 milhões em 2021.
O declínio significativo deveu-se a encargos especiais de cerca de € 6,3 bilhões, principalmente de perdas por imparidade não efetivas em dinheiro na participação acionária na Wintershall Dea AG. Isso ocorreu especialmente devido à desconsolidação das atividades de exploração e produção russas da Wintershall Dea, que posteriormente resultaram em uma reavaliação das participações russas da Wintershall Dea.
Outras reduções foram feitas nos negócios europeus de transporte de gás da Wintershall Dea, incluindo uma redução total na participação acionária na Nord Stream AG e no financiamento do projeto Nord Stream 2. A contribuição dos lucros operacionais da Wintershall Dea para 2022 aumentou para aproximadamente € 1,5 bilhão, após € 335 milhões no ano anterior.
Como resultado do lucro líquido significativamente menor das participações acionárias, o lucro líquido do Grupo BASF foi de € 627 milhões negativos em comparação com € 5,5 bilhões em 2021.
O presidente do Conselho de Administração, Martin Brudermüller, anunciou medidas concretas de redução de custos focadas na Europa, bem como medidas para adaptar as estruturas de produção na unidade de Verbund em Ludwigshafen.
“A competitividade da Europa está sofrendo cada vez mais com o excesso de regulamentação, processos de licenciamento lentos e burocráticos e, em particular, altos custos para a maioria dos fatores de produção”, disse Brudermüller.
“Tudo isso já prejudicou o crescimento do mercado na Europa em comparação com outras regiões. Os altos preços da energia estão agora colocando um fardo adicional na lucratividade e na competitividade na Europa”.
