A passagem para o novo ano em Portugal seguiu a tradição para a época, frio e alto número de casos de infecções respiratórias. A principal preocupação foi com o aumento de casos da Gripe A, o que contribuiu para uma grande afluência de pessoas em busca das urgências hospitalares.
O Sistema Nacional de Saúde fez diversas comunicações à população explicando os principais sintomas e incentivando que as pessoas não busquem os serviços de urgência médica como primeira opção. Até os serviços médicos privados enviaram mensagens de texto às pessoas orientando a entrar em contato por telefone antes de se dirigir às emergências.
A gripe A é uma doença provocada pelo vírus influenza A, os subtipos de vírus influenza A são o H1N1 e H3N2. Desta forma, a gripe sazonal pode ser provocada pelo vírus influenza A ou B e é gripe A quando advém do vírus influenza A.
A distinção entre as gripes só é possível através de exames laboratoriais, um dos quais muito conhecido a partir da pandemia de covid-19, através da zaragatoa. Apesar de serem tipos distintos, os sinais e os sintomas são semelhantes: febre; tosse; nariz entupido; dor de garganta. No entanto, apesar de menos comuns, podem existir outros sintomas como: dores corporais ou musculares; dor de cabeça; arrepios; fadiga; vómitos ou diarreia.
As recomendações para alívio dos sintomas são: ficar em repouso; medir a temperatura ao longo do dia; se tiver febre, tomar paracetamol; não tomar antibióticos sem recomendação médica, pois não atuam nas infecções virais, não melhoram os sintomas nem aceleram a cura; beber muitos líquidos (principalmente água).
As pessoas com condições de imunidade reduzida devem ter especial atenção a possíveis complicações. Em regra, a doença dura cerca de sete dias, mas geralmente após dois dias sem febre o contágio é reduzido.
O modo de transmissão da gripe A é semelhante ao da gripe comum. O vírus é transmitido de pessoa para pessoa através de gotículas liberadas quando uma pessoa fala, tosse ou espirra. Uma regra que nunca sai de moda é buscar manter a imunidade mais alta, especialmente em épocas mais críticas. A ingestão de vitaminas, frutos cítricos com alto teor de vitamina C, suplementação de vitamina D (especialmente no período em que a exposição ao sol é extremamente reduzida), alimentação saudável e a prática de exercícios físicos são hábitos que farão a diferença para melhor.
Suellen Escariz – Advogada e Mestre em Direito pela Universidade de Coimbra – Instagram