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GNA investe na inclusão de mulheres na indústria

GNA promove uma série de iniciativas e programas em apoio à na equidade de gênero na indústria, setor ainda majoritariamente masculino.

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03 de março de 2023
Vinicius Palermo
<strong>GNA investe na inclusão de mulheres na indústria</strong>
GNA quer mudar cenário da indústria, ainda majoritariamente masculino

Reconhecida pela GTPW como uma das melhores empresas para as mulheres trabalharem, a GNA (Gás Natural do Açu) promove uma série de iniciativas e programas em apoio à na equidade de gênero na indústria, setor ainda majoritariamente masculino, proporcionando uma revolução na vida de centenas de mulheres de comunidades de São João da Barra.

Esse é o caso de Jossimari Viana. Moradora de São João da Barra, município localizado na região Norte Fluminense do Rio, estava desempregada há cinco anos e sem perspectivas. Ao saber da oferta de vagas para um Programa de Qualificação Profissional oferecido gratuitamente pela GNA decidiu se inscrever em um curso de montador de andaimes, mesmo sem ter muita ideia do que viria pela frente. Para que pudesse frequentar as aulas, precisou alterar a rotina de sua família.

“No primeiro momento meu marido me apoiou, mas depois mudou de opinião e passou a não apoiar como antes. Ter que mudar a rotina e contornar esses obstáculos, com certeza, foram os maiores desafios enfrentados no decorrer do curso”, afirma.

Ela conta que o curso foi um divisor de águas em sua vida. “Mudou tudo. O curso trouxe oportunidade de conseguir uma nova perspectiva de vida. Minha cabeça se abriu para o mundo. Com o trabalho, consegui me organizar financeiramente e pude dar uma qualidade de vida melhor para os meus filhos. Antes tínhamos dificuldades, pois apenas o meu marido trabalhava e com os dois trabalhando trouxe um equilíbrio para a família.

Além disso, ela conta que foi na palestra de empregabilidade, oferecida como parte do programa de qualificação da GNA, que descobriu a verdadeira vocação profissional: trabalhar na área de Recursos Humanos. “Nesse dia, meu marido não queria que eu fosse à palestra, mas fui mesmo assim. Me graduei em Gestão de Recursos Humanos e, hoje, trabalho na GNA, na área Administrativa”, diz ela. 

Jossi, como é chamada pelos colegas de trabalho, diz ter muito orgulho da trajetória e de todos os desafios superados e que o segredo é não deixar o medo nos paralisar. “Não podemos ter medo de mergulhar no desconhecido. O medo existe, é claro, mas não pode nos paralisar. Tentar algo novo é sempre desafiador e mostra que, com um pouco mais de coragem, somos capazes”.

O programa impulsionou a contratação de mulheres da região para trabalhar nas obras das GNA, incentivando a diversidade “na base”. Ao todo, cerca de 650 mulheres da região foram contratadas e, para muitas delas, esse foi o primeiro emprego de carteira assinada, o que representou uma mudança de vida e independência financeira. Com o novo cenário no canteiro de obras, foram realizadas adaptações para inclusão das mulheres: novos banheiros exclusivamente femininos (com cor diferenciada), entrada exclusiva para mulheres, uniformes adaptados para as mulheres

O programa foi criado com o objetivo qualificar homens e mulheres, preferencialmente moradores de São João da Barra, a se prepararem para aproveitar as oportunidades de trabalho na região, bem como atender, sempre que possível e necessário, parte da demanda por profissionais para a construção das usinas da GNA, que farão parte do maior parque termelétrico da América Latina, em construção no Porto do Açu.
Durante a construção da UTE GNA I (primeira usina da GNA em operação desde set/2021), mais de 600 mulheres da região foram contratadas para trabalhar nas obras, muitas delas alunas formadas pelo I Programa de Qualificação da GNA. Nesta primeira edição (2018 — 2020), foram 330 alunos formados, sendo 68% deles contratados para trabalhar nas obras da GNA I, incluindo toda a turma exclusivamente feminina de Solda. O programa, que já na sua segunda edição, conta com a parceria instituições, como FIRJAN/SENAI e IFF e a Prefeitura de São João da Barra e é reconhecido pelo Banco Mundial.

O sucesso da iniciativa foi tão grande, que em janeiro deste ano a GNA lançou a segunda edição, com 25% das vagas para o gênero feminino. No entanto, 41% das inscrições foram realizadas por mulheres, o dobro registrado na 1ª edição. Em razão da alta procura, foram formadas duas turmas exclusivamente femininas, o que reforça o compromisso da empresa com a diversidade e a inserção de mulheres no mercado de trabalho.

 Para Carlos Baldi, Diretor de Implantação e Operação da GNA, apoiar a diversidade e a inclusão em todas as esferas é importante para a construção de uma sociedade mais justa, principalmente na indústria, onde a presença masculina ainda é forte. “Para nós a diversidade representa oportunidade, mesmo que para isso seja necessário quebrar tabus. Significa superar medos, preconceitos e desafios em prol de um sonho. As iniciativas que desenvolvemos para a comunidade, em especial para mulheres, representam uma mudança de vida, além de trazer esperança para a vidas delas e de suas famílias”.

Além de qualificação profissional, a GNA também investe em workshops sobre empreendedorismo e um Programa de Tutoria, com o objetivo de estimular ainda mais o interesse e a permanência dos alunos. São promovidas oficinas e palestras de empregabilidade, onde são ministrados cursos de produção de currículos e de como se portar em entrevistas.

A GNA é uma joint venture formada pela bp, Siemens, SPIC Brasil e pela Prumo Logística dedicada ao desenvolvimento, implantação e operação de projetos estruturantes e sustentáveis de gás natural e energia. Instalada no Porto do Açu, a GNA está construindo o maior Parque Termelétrico a Gás Natural da América Latina, composto pela UTE GNA I (em operação) e a UTE GNA II (em obras). Para abastecer as usinas, a GNA construiu um Terminal para a movimentação de Gás Natural Liquefeito (GNL), onde está atracada a FSRU BW Magna, embarcação com capacidade para armazenar e regaseificar até 28 milhões de m³/dia. Juntas, as duas térmicas irão gerar 3 GW, energia suficiente para atender cerca de 14 milhões de residências. Os projetos contam com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).