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Furacão Idalia desencadeia fúria na Flórida e na Geórgia

O Idalia segue para Georgia como um furacão de categoria 1 e deve atingir a região das Carolinas do Norte e do Sul como tempestade tropical.

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31 de agosto de 2023
Vinicius Palermo
Furacão Idalia desencadeia fúria na Flórida e na Geórgia
O Furacão Idalia causou inundações na costa da Florida

O furacão Idalia atingiu quarta-feira, 30, a Flórida como uma tempestade de categoria 3, apesar de autoridades terem sinalizado que a tempestade teria categoria 4. Agora, o Idalia segue para Georgia como um furacão de categoria 1 e deve atingir a região das Carolinas do Norte e do Sul como tempestade tropical.

O furacão desencadeou devastação ao longo de uma vasta extensão da Costa do Golfo, submergindo casas e veículos, derrubando terras na região de Big Bend, transformando ruas em rios, desatracando pequenos barcos e derrubando linhas de energia.

Os residentes da Flórida que vivem em áreas costeiras vulneráveis receberam ordens para saírem de suas casas enquanto o furacão Idalia ganhava força ainda nas águas do Golfo do México. As autoridades alertaram sobre uma “tempestade catastrófica e ventos destrutivos”.

O Centro Nacional de Furacões dos EUA disse recentemente que a temporada de furacões de 2023 seria muito mais movimentada do que o previsto inicialmente, em parte devido às temperaturas extremamente altas do oceano. A temporada vai até 30 de novembro, sendo agosto e setembro normalmente o pico.

O governador da Flórida e candidato presidencial republicano, Ron DeSantis, decretou estado de emergência na Florida e afirmou que o furacão Idalia deve ser o furacão mais forte a atingir a região em mais de um século.

O furacão Idalia alternou entre as categorias 3 e 4 na manhã de quarta-feira, mas atingiu a Flórida com uma escala 3, segundo informou o Centro Nacional de Furacões dos EUA.

Os furacões são medidos em uma escala de cinco categorias, sendo a categoria 5 a mais forte. Uma tempestade de categoria 3 é a primeira na escala considerada um grande furacão e o Centro Nacional de Furacões afirma que uma tempestade de categoria 4 traz “danos catastróficos”.

Na ilha de Cedar Key, a comissária municipal Sue Colson juntou-se a outras autoridades municipais na terça-feira para empacotar documentos na Prefeitura. Ela tinha uma mensagem para os quase 900 residentes que estavam sob ordens obrigatórias de sair da ilha. Mais de uma dúzia de policiais estaduais foram de porta em porta alertando os moradores sobre os efeitos da tempestade, como grandes alagamentos. “Uma palavra: vá embora”, disse Colson. “Não é algo para discutir.”

Nem todos estavam atendendo ao aviso. Andy Bair, proprietário do Island Hotel, disse que pretendia “tomar conta” de sua pousada, que antecede a Guerra Civil. O prédio não inundou nos quase 20 anos em que ele é proprietário, nem mesmo quando o furacão Hermine inundou a cidade em 2016.

Os pedágios foram isentos nas rodovias da Flórida, abrigos foram abertos e os hotéis já estão preparados para receberem pessoas que tiveram que sair de suas casas. Mais de 30 mil trabalhadores de serviços públicos estavam se reunindo para fazer reparos o mais rápido possível após o furacão. Cerca de 5.500 soldados da Guarda Nacional foram ativados.

Em Tarpon Springs, uma cidade costeira no noroeste do Estado, 60 pacientes foram retirados de um hospital devido à preocupação com as tempestades.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou na segunda-feira, 28, uma declaração de emergência para a Flórida, garantindo ajuda federal para lidar com o furacão Idalia.

“Conversei com o governador ontem (terça-feira) à noite, estamos fornecendo a ele tudo o que ele possa precisar. Estamos em contato constante”, disse Biden na terça-feira, 29, sobre DeSantis, que como ele está concorrendo à presidência em 2024.

O Aeroporto Internacional de Tampa fechou e os voos foram interrompidos na costa leste dos Estados Unidos, atingida por outro furacão, o Franklin, vindo do Atlântico.

As fortes chuvas desencadeadas pelo furacão Idalia no oeste de Cuba deixaram inundações em várias cidades e mais de 200 mil pessoas sem eletricidade, segundo as autoridades locais. Uma das áreas mais afetadas é a área de produção de tabaco em Pinar del Río. Esta região ainda não se recuperou da passagem do furacão Ian, que em setembro passado deixou pelo menos dois mortos.