O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse na quarta-feira, 12, que a Arábia Saudita é um país “parceiro preferencial” do Brasil na agropecuária. Segundo o ministro, o Brasil pode oferecer aos sauditas segurança alimentar, produção sustentável e oportunidades econômicas, estas últimas recíprocas.
“A Arábia Saudita é um parceiro preferencial. Só eu fui lá três vezes nesses 500 dias de governo. Há uma semana atrás eu estava lá, assinando acordos para infraestrutura, composição de fundos. Isso é fundamental porque é bom para os dois lados”, disse.
Fávaro falou durante o evento Invest in Dignity, organizado no Rio de Janeiro pelo Future Investment Initiative Institute (FII), organização sem fins lucrativos apoiada pelo Fundo Soberano da Arábia Saudita (FIP) e 30 empresas globais.
Segundo o ministro, o evento com a presença do FIP é “demonstração clara” das boas relações e oportunidades que já estão se tornando concretas.
“Temos a oferecer segurança alimentar, produção sustentável, oportunidades econômicas e também receber investimentos, são oportunidades recíprocas. Eles sauditas estão investindo em companhias brasileiras e companhias brasileiras investem em proteína animal lá na Arábia Saudita”, disse o ministro.
Fávaro disse ainda, que do lado do governo, a intensificação da amizade com países estrangeiros e restabelecimento de relações diplomáticas tem sido uma orientação direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Presente no mesmo evento, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que o Brasil tem grandes recursos e que deve usá-los “da melhor maneira possível e em benefício da sociedade”. Em relação à Petrobras, a executiva afirmou que a situação não é diferente, e que a estatal vai apoiar o crescimento da oferta de energia.
“Considerando a Petrobras, a ideia é de que possamos usar o poder dos recursos brasileiros investindo em um pacote, pensando na sociedade brasileira, e em liderar investimentos não só para América do Sul, mas também para lugares pobres no Brasil”, disse.
Magda afirmou ainda, que não há dúvida que o Brasil tem espaço para investir na oferta de energia, inclusive renováveis, e que o papel da Petrobras é apoiar esse movimento.
“A Petrobras vai apoiar isso e temos que mover a Petrobras para apoiar o Brasil. Temos ações em várias direções, temos investido em energia limpa. As renováveis estão sobre a mesa, a energia eólica tem tido muito sucesso”, disse a executiva.